O influenciador paraense Thiago Guimarães viralizou nas redes sociais após publicar um vídeo comparando os preços de refeições no Rio de Janeiro com os valores cobrados em Belém durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). No registro, gravado em tom leve e bem-humorado, ele demonstra surpresa com o custo de uma refeição simples para duas pessoas no Rio, que chegou a R$ 220, além do preço de uma água de coco vendida por R$ 20.
“Meu Deus, uma refeição para duas pessoas, R$ 220. E olha, a fila está com 50 pessoas. Meu Deus, R$ 20 numa água de coco! E eu morrendo de pena de pagar R$ 2 lá em Concórdia”, disse o influenciador, fazendo referência ao bairro onde mora, em Belém.
O vídeo foi publicado em meio ao debate nacional sobre preços durante a COP30. Nas últimas semanas, parte da imprensa e alguns influenciadores de fora do estado divulgaram críticas sobre valores cobrados em pontos específicos da conferência, sem esclarecer que a Blue Zone, onde estão os preços mais altos, é administrada pela ONU e segue uma tabela internacional aplicada em todas as COPs, independentemente da cidade-sede.
A comparação de Thiago destaca o contraste entre a narrativa de que “Belém estaria cobrando caro” e a realidade de que preços altos existem em qualquer grande capital turística do Brasil, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo — onde o custo de restaurantes, bebidas e serviços é naturalmente mais elevado.
A publicação também reforça uma crítica frequente feita por moradores da Amazônia: a diferença de tratamento dado à região quando recebe grandes eventos. Enquanto altas de preços em cidades como Rio de Janeiro, Salvador ou São Paulo costumam ser tratadas como parte da dinâmica turística, em Belém o tema se torna pauta nacional e, em muitos casos, vem acompanhado de comentários xenofóbicos.
Nas redes, a maioria das reações ao vídeo foi de apoio. Internautas destacaram que a comparação ajuda a combater distorções e estereótipos disseminados nos últimos dias.



