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Identificada mulher que espalhou fake news sobre caixões com pedras e madeira

Belo Horizonte (MG) – Na última segunda-feira, 4, depois que a Polícia Civil de Minas Gerais pediu ajuda para identificar a autora de um vídeo dizendo que autoridades estavam enterrando caixões em Belo Horizonte, com pedras e pedaços de pau no lugar de supostas vítimas de Covid-19, ela mesma resolveu aparecer. Por meio do advogado Alexsander Ribeiro, Valdete Pereira Zanco se identificou, reconheceu ter errado e se desculpou pelo ocorrido.

“Ela havia visto no Facebook um fato ocorrido em Belo Horizonte no qual caixões com pedras e pedaços de madeira haviam sido desenterrados. Na data da gravação do vídeo, no interior da loja onde trabalha, ela recebeu um cliente que coincidentemente fez os mesmos comentários, o que a fez julgar o ocorrido como verdade”, explica Ribeiro, em nota divulgada no fim da tarde desta terça-feira.

O advogado prossegue dizendo que a cliente dele já havia se apresentado na Delegacia de Polícia Civil da cidade de Jacutinga (MG) na segunda-feira, 4, quando foi lavrada a ocorrência, deixando registrado o incidente, contribuindo com a Justiça e para que essa seja promovida”, disse o advogado.

Caso – As imagens tiveram grande repercussão nas redes sociais e também na imprensa. Muitas pessoas usaram o vídeo para questionar as medidas adotadas pela prefeitura da capital mineira para conter o avanço do novo coronavírus, como o fechamento do comércio e a manutenção do distanciamento social e até mesmo o alcance e a letalidade da doença, que já matou mais de 7 mil pessoas no Brasil.

O delegado Wagner Sales, chefe do 1° Departamento de Policia Civil em Belo Horizonte, chegou a cogitar a prisão preventiva da autora, mesmo sem tê-la identificado. Além disso, lembrou que ela poderia ser acusada de crime de denunciação caluniosa, difamação contra autoridade pública e contravenção penal de provocação de tumulto ou pânico.

Na sexta-feira, feriado do Dia do Trabalhador, a Prefeitura de Belo Horizonte já havia se manifestado sobre o vídeo, desmentindo as informações, classificadas pelo governo municipal como “sem fundamento”. Em nota, a Prefeitura também afirmou que “os sepultamentos em cemitérios públicos e privados na capital mineira são realizados, exclusivamente, por profissionais específicos (coveiros) de cada necrópole – utilizando equipamento de proteção individual e adotando as medidas sanitárias cabíveis”.

Nos cemitérios municipais da capital mineira, os sepultamentos são feitos mediante a apresentação de atestado de óbito ou da guia de sepultamento emitida pelo cartório em conformidade com as informações contida no atestado de óbito.

Retratação – Na retratação de Valdete, o advogado faz os esclarecimentos que achou necessários. “Venho a público esclarecer a respeito do vídeo gravado pela minha cliente Valdete Zanco e que repercute nas redes sociais. Ela havia visto na rede social denominada Facebook um fato ocorrido no município de Belo Horizonte (MG), no qual caixões haviam sido desenterrados e localizado em seu interior, pedras e pedaços de madeira. Na data da gravação, no interior da loja onde trabalha, ela recebeu um cliente que coincidentemente fez os mesmos comentários, o que a fez julgar o ocorrido como verdade”, explicou o advogado de Valdete.

“Quero deixar claro que o vídeo foi postado unicamente em um grupo de WhatsApp de família. Tanto que início o vídeo chama a atenção de um certo Hernandes, sendo este irmão da minha cliente. Com o vazamento do vídeo do grupo de família, ele chegou a ser compartilhado em um canal de YouTube, colaborando assim pela propagação. Desconhecemos a forma como o vídeo ganhou notoriedade nas redes sociais e nos demais veículos de comunicação”, prosseguiu.

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