O governador do Pará, Helder Barbalho, afirma que a capital paraense é a sétima cidade mais segura do Brasil, ressaltando uma queda de 49% nos índices de criminalidade no estado. A declaração foi uma resposta a um internauta que questionava o aumento da violência em Belém, e gerou uma repercussão imediata entre os cidadãos que convivem diariamente com episódios de violência, como tiroteios e confrontos envolvendo facções criminosas.
Contradição entre índices e realidade nas ruas
Embora os números apresentados pelo governo pareçam positivos, a percepção da população, aliada a notícias de execuções e tiroteios recorrentes na Região Metropolitana de Belém, mostra um cenário conflitante. Apenas em 2024, a violência armada fez 30 vítimas entre agentes de segurança, levando a 20 mortes, segundo dados do Instituto Fogo Cruzado. Esses casos refletem a presença e atuação de facções criminosas que impõem suas próprias regras em comunidades periféricas, onde a insegurança se tornou parte da rotina.
Em diversos bairros da Grande Belém, a presença de facções é notória, e moradores relatam constantes episódios de violência, que incluem assaltos, tiroteios e controle territorial por grupos criminosos. O contraste entre o discurso de segurança propagado pelo governo e os fatos noticiados diariamente levanta dúvidas sobre a real situação de segurança da capital paraense.