Em março de 2020, uma balsa à deriva colidia com a ponte do distrito de Outeiro, em Belém. O filme parece sempre se repetir, pois não é a primeira vez que isso acontece. Não por acaso, nesta segunda-feira, 17, uma outra balsa colidiu com um dos pilares de sustentação da ponte, dessa vez o prejuízo foi maior, já que a estrutura desabou e uma fissura se formou no vão central da ponte.
Diante da gravidade da avaria, podendo correr o risco de desabamento, a ponte foi fechada para o tráfego de veículos e pedestres até que soluções de engenharia sejam tomadas. Não sobrou alternativa senão voltar com o antigo acesso ao distrito de Outeiro, a travessia de balsa pela sétima rua, em Icoaraci, até o bairro da Brasília.
Em 2019, uma balsa carregada de dendê colidiu com a ponte sobre o rio Moju, no complexo da Alça Viária. O impacto da colisão provocou o desabamento de parte da estrutura da ponte. O acidente da ponte do rio Moju e da ponte de Outeiro aconteceram em um curto espaço de tempo, mas ambas tiverem atenção diferentes no que tange as obras de reconstrução e revitalização.
Enquanto a ponte do Moju foi reconstruída e os pilares ganharam uma proteção ao redor, em Outeiro foi prometido sua revitalização após o acidente, mas nenhuma estrutura de defesas dos pilares, para evitar colisão de balsas, foi feita.
Era questão de tempo acontecer outro acidente ali, visto que o fluxo de balsas no rio “Maguari” é intenso devido a grande quantidade de indústrias e empresas de logísticas no distrito industrial de Icoaraci. Resta saber se dessa vez, a ponte ganhará um sistema de proteção nos seus pilares.
