Gusttavo Lima tem mais um cachê milionário investigado e chora em live
O “inferno astral” do cantor sertanejo Gusttavo Lima parece que apenas teve início. Após a abertura de investigações em Roraima e Minas Gerais, agora é o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ)que abriu um inquérito para apurar se houve irregularidades na contratação desse artista para um show na cidade de Magé, a 100 quilômetros da capital fluminense, por R$ 1 milhão.
Veja reportagem aqui: Após denúncias, cachês de shows de sertanejos são alvo de investigação do MP
A contratação, embora a princípio não seja ilegal, chamou atenção do MPRJ porque o cachê é dez vezes maior que o valor que a Prefeitura de Magé deve investir em atividades artísticas e culturais durante o ano todo.
O show está programado para 8 de junho, um dia antes do aniversário de 457 anos do município. O artista e outros cantores sertanejos vão participar de uma festa bancada pelo deputado André Janones (Avante-MG), pré-candidato à Presidência, com R$ 1,9 milhão em recursos de uma emenda “cheque em branco”, em Ituiutaba, Minas Gerais, revelou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
Esse apelido, “cheque em branco”, vale para transferências do tipo especial, que são enviadas direto aos municípios, podem não ter destinação específica e, portanto, é difícil acompanhar o gasto público. Cada parlamentar tem uma cota fixa para apresentar em emendas individuais impositivas, isto é, que o governo é obrigado a pagar.
Na noite de segunda-feira, 30, em uma live no Instagram, Gusttavo Lima chegou a chorar ao comentar a que está sendo chamada de “CPI do Sertanejo” e disse que está “quase jogando a toalha”.
Nessa live, intitulada “Parem por favor”, esclarecendo a polêmica do desvio de dinheiro público envolvendo o cachê de seus shows, o cantor Zé Neto fez um comentário na transmissão: “Cara quem tem que dar satisfação, sou eu, irmão tô atravessando uma fase ruim”.
Se condenado no Tribunal de Contas, Gusttavo Lima pode ser proibido de fazer shows com dinheiro público por até oito anos.
