Grupo Cineclube Paraense denuncia tentativa de usurpação de nome e logo por professor da Ufra
O Cineclube Paraense, criado em 2018, está “sob ataque”. Explica-se: desde abril, inadvertidamente, o grupo passou a ter o nome, e agora a logomarca, como objetos de desejo – com tentativa de usurpação -, que representantes do grupo atribuem ao professor João Augusto Pereira Neto, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).
O Cineclube e o professor engataram uma parceria, naquele mês, dentro de um projeto de extensão, para a exibição de um filme na Usina da Paz, no Jurunas, em Belém. Duas reuniões ocorreram para aprovação do projeto da universidade, até que, segundo representantes do grupo, o professor meteu os pés pelas mãos, interferindo na área de cinema e nos debates cinematográficos que eram, segundo a parceria, atribuições dos membros do grupo.
A reunião seguinte foi tensa e, para surpresa geral, o professor alijou o Cineclube do projeto, mas manteve o nome e material de trabalho, como fotografias.
Problema é de vocês – Acionada extrajudicialmente pelo grupo, a direção da Ufra cancelou o projeto, em maio, mas o imbróglio estava armado. O professor João Augusto ingressou no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), após o cancelamento do projeto, tentando se apropriar da logomarca Cineclube Paraense. Marca essa que foi encomendada pelo grupo a um designer, que fez a logo e foi pago pelo trabalho.
A questão passou a envolver a própria direção da Universidade, que teria “lavado as mãos” para o caso por entender que se trata de “projeto pessoal, com CPF do próprio professor”. Semana passada, o Cineclube lançou uma campanha nas redes sociais denunciando a situação, que, pelo visto, não tem prazo para acabar.
De boas intenções…
– Segundo publicações oficiais da Ufra, o projeto de extensão com o Cineclube seria voltado especialmente para o cinema, com apresentações no auditório da Biblioteca José Lourenço Tavares Vieira, no campus Belém, diretores do Cineclube e do professor João Augusto Pereira Neto, coordenador do projeto.
A ideia era fomentar e difusão do cinema junto a alunos de escolas públicas ou privadas da capital com exibição de filmes e uma reflexão sobre a obra vista, por meio de bate-papo, com possibilidades de se estender aos campi da universidade.
Criado em 2018, e com 28 membros, o Cineclube parece ter entrado no filme da cineasta paraense Jorane Castro, “Mulheres Choradeiras”, exibido enquanto durou o projeto, só que não: a parceria virou filme de terror.