O Governo do Amazonas voltou a decretar o fechamento de bares e balneários em Manaus. A medida foi anunciada nesta quinta-feira, 24, e as restrições devem durar 30 dias, a partir de sexta-feira, 25. As aulas presenciais nas escolas públicas do Estado estão mantidas.
A capital do Amazonas, Manaus, tem 48.389 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia e começou a flexibilizar o isolamento social em junho passado.
Segundo o governador Wilson Lima, a tendência de casos da Covid-19 “acende um alerta”.
Aumento de casos – “Estamos tomando essa decisão por conta da falta de respeito de alguns de seguir os protocolos. Ninguém usava mais máscaras e juntava em uma aglomeração. E aí acabava sendo um foco de transmissão do Covid-19”, disse o governador do Amazonas.
Segundo a Vigilância Epidemiológica do estado, o Amazonas registra tendência de aumento de casos de Covid-19 nas últimas semanas devido, principalmente, a aglomerações.
Em média, o Amazonas confirmou nove novas mortes por dia na última semana – uma alta de 39% em duas semanas. Em 9 de setembro, a média era de sete novas mortes confirmadas por dia.
“Estamos tomando hoje medidas restritivas e fechamento de estabelecimentos para priorizar o que é importante. Não vou deixar balada aberta e escola fechada”, disse Wilson Lima.
Bares e balneários – As novas restrições, que ainda serão publicadas no Diário Oficial do Estado, suspendem o funcionamento de bares que não tenham funcionamento primário como restaurante. Lojas de conveniência e restaurantes poderão funcionar até as 22 horas.
Também fica suspensa a abertura de praias, balneários, casas de show e flutuantes.
Bares, balneários e restaurantes de Manaus já estavam reabertos ao público desde de junho, quando teve início o quarto ciclo de reabertura do comércio.
Aglomerações – No dia 11 passado, o Governo havia divulgado uma desaceleração na queda de casos. A diretora-presidente da Fundação de Vigilância e Saúde (FVS-AM), Rosemary Pinto, afirmou que as aglomerações são os principais vetores de transmissão identificados pelo órgão nas últimas semanas.
De acordo com ela, na ocasião, havia “um pequeno crescimento no número de casos atendidos em unidades privadas de saúde”.
Até quarta-feira, 24, o número de pacientes internados com Covid-19 era de 298, sendo 199 em leitos clínicos (82 na rede privada e 117 na rede pública), 96 em UTI (45 na rede privada e 51 na rede pública) e três em sala vermelha, estrutura voltada à assistência temporária para estabilização de pacientes críticos.
A taxa de ocupação na rede privada é de 65,17% em leitos de UTI e 64,74% em leitos clínicos. Já na rede pública, a ocupação de leitos UTI chega 72 % e 40,36% em leitos clínicos.
Fonte: G1 Amazonas



