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Ganhando R$25 mil, Edmilson promete derrubar muro de condomínio e critica classe média por ter “do bom e do melhor”

Em meio a uma cerimônia de assinatura de ordem de serviço para obras na rua K3, no bairro Curió-Utinga, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol), anunciou a intenção de derrubar o muro e as guaritas de segurança do Residencial Jardim Itororó, gerando polêmica e reação dos moradores. A obra, que inclui drenagem profunda, pavimentação e paisagismo, é parte do programa municipal “Tá Selado” e foi demandada pelos moradores da região.

As intervenções na rua K3, que conecta o Canal do Marte à Estrada da Ceasa, enfrentam resistência por parte dos moradores do Jardim Itororó. O condomínio, formalizado em 1996 e situado entre as avenidas João Paulo II e Perimetral, argumenta que a prefeitura não tem jurisdição sobre a área privada onde o muro e as guaritas estão localizados. O caso foi levado à Justiça e está em tramitação desde 2021.

Durante o evento na Capela de Nossa Senhora Mãe da Divina Providência, o prefeito justificou a necessidade da obra mencionando as condições precárias das ruas de Belém devido às chuvas constantes desde setembro. Ele destacou a importância de facilitar o acesso dos moradores da baixada à Estrada da Ceasa, criticando a classe média pela exclusividade do condomínio: “Como é que uma pessoa pobre ocupa uma área e tem que andar 2, 3 quilômetros, pegando sol e chuva, se ela pode andar apenas 30, 40 metros para pegar a Estrada da Ceasa? É muita crueldade alguém que vive em um condomínio de classe média, com tudo de bom e do melhor, querer impedir que o povo saia”.

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A administração do Jardim Itororó respondeu às declarações do prefeito com um comunicado distribuído aos moradores, ressaltando que o condomínio é uma área privada e que a intenção da prefeitura representa uma violação de direitos. O documento destacou manifestações da Secretaria de Urbanismo e do Ministério Público que comprovariam a natureza privada do condomínio.

O processo judicial número 0811701-93.2021.8.14.0301, movido pelo condomínio contra a Prefeitura de Belém, busca impedir a demolição das guaritas e portões de acesso, infraestrutura mantida há mais de 20 anos. O juiz concedeu tutela cautelar suspendendo a ordem de demolição, obrigando o município a não realizar a remoção de qualquer elemento do condomínio até o desfecho do caso.

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