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Funcionários do PSM do Guamá paralisam atividades por falta de condições de trabalho

Quem procura atendimento no PSM do Guamá está dando com a cara na porta. O atendimento está paralisado. Ambulâncias, idosos, pessoas passando mal e tendo que voltar pra casa. O motivo: salários atrasados. Um médico informou que já são quatro meses sem receber.

Profissionais da saúde do Hospital Pronto-Socorro Municipal Humberto Maradei (HPSM do Guamá), em Belém, paralisaram as atividades na noite de segunda-feira, dia 9. O atraso no pagamento dos salários dos trabalhadores teria sido o motivo para eles cruzarem os braços. Quem procurou atendimento teve que voltar para casa ou procurar outra unidade de saúde. Imagens compartilhadas em redes sociais mostram uma mulher, possivelmente com muita dor, jogada na calçada do hospital, após ter o acesso à saúde negado.

Por volta das 23 horas, o cenário continuava sendo o mesmo e piorando. Pacientes que já estavam internados disputavam espaço em um dos corredores do hospital. Bancos de madeira e cadeiras plásticas foram improvisados e serviram de maca.

Acompanhantes de pacientes disseram que os médicos de plantão só estavam atendendo, com muita insistência, “casos de morte”. A reportagem tentou, mas não conseguiu falar com nenhum funcionário do HPSM do Guamá, que pudesse prestar esclarecimentos.

“A verdade é que as pessoas estão morrendo por falta de atendimento”, disse uma mulher, que está acompanhando a cunhada dela, internada com problemas renais desde a noite de domingo, 8. Ainda segundo essa mulher, que preferiu não se identificar, para conseguir o leito, familiares da paciente precisaram trazer de casa uma maca usada para procedimentos estéticos.

“Nós chegamos ontem (domingo), por volta de umas três horas da tarde. Ela tinha que fazer uma tomografia e o aparelho estava quebrado. Conseguimos a internação dela umas seis e meia, mas não tinha leito. Ela tinha que aguardar sentada, o que era sem condições, porque ela estava com a barriga imensa. Mas o detalhe é que nem cadeiras tinham ontem, porque estavam todas ocupadas”, explicou a mulher.

E acrescentou: “Eu tive que pedir autorização para umas três pessoas para eu trazer uma maca de casa. Uma maca de estética, que é da minha filha. E é nela que ela está até agora”, relatou.

A Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) foi procurada, mas ainda não deu retorno para se posicionar sobre o assunto.

Veja o vídeo de segunda-feira, 9, à noite:

Fonte: jornal O Liberal e Twitter Notícias Belém

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