A Federação das Indústrias do Pará (FIEPA) mantém-se em silêncio diante da paralisação das minas de níquel operadas pela Vale em Ourilândia do Norte, no sudeste do Pará. As licenças de operação foram negadas pelo Governo do Pará, em um contexto de conflito entre a mineradora e o governo federal pela presidência da empresa.
O imbróglio entre a Vale e o Governo do Pará se estende por quase todo o primeiro semestre de 2024. Durante esse período, a FIEPA não se posicionou, causando estranheza e contrariando seu papel de defesa da indústria no estado.
A paralisação das minas tem causado sérios prejuízos à economia local e estadual. Segundo a Vale, a interrupção compromete 2 mil empregos diretos, gera um prejuízo diário de R$ 16,6 milhões e ameaça acordos com as etnias indígenas Xikrin e Kayapó.
Sindicatos locais, como o Metabase Carajás, manifestaram preocupação ao Supremo Tribunal Federal (STF), destacando o impacto negativo da paralisação. “Caos social de uma tragédia anunciada”, afirmou o sindicato, evidenciando o pânico entre os trabalhadores.
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O município de Ourilândia do Norte também recorreu ao STF, defendendo a reativação da licença devido à importância da mina para a economia local.
Apesar da gravidade da situação e das manifestações de diversos setores, a FIEPA continua omissa, não defendendo os interesses da indústria paraense e dos trabalhadores afetados pela paralisação.