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Fenômeno natural: grande quantidade de algas cobre praia do Atalaia, em Salinas

Sargaço invadiu a faixa de areia e chamou a atenção dos visitantes. Biólogo explica que fenômeno é natural e ocorre devido às correntes marítimas.

A praia do Atalaia, em Salinópolis, no nordeste do Pará, foi tomada por uma grande quantidade de algas marinhas da espécie sargaço, fenômeno que chamou a atenção de frequentadores e comerciantes. Segundo o biólogo Rosildo Paiva, da Universidade Federal do Pará (UFPA), especialista no estudo de fitoplâncton, as algas pertencem à classe Phaeophyceae e podem ser do tipo Sargassum vulgare C. Agardh, conhecidas popularmente como sargaças.

O fenômeno já foi registrado anteriormente na região, em maio de 2014, e, de acordo com Paiva, não representa um desequilíbrio ecológico. “Possivelmente, essas algas estão florescendo em algum ponto da costa do nordeste do Pará ou Maranhão e são transportadas pelas correntes marítimas até as praias, coincidindo com a maré de quadratura, que ocorre durante a lua minguante”, explicou o especialista.

Ainda segundo o biólogo, as algas não são tóxicas e não impedem o banho de mar. No entanto, a grande quantidade pode aumentar o risco de acidentes, como afogamentos, especialmente para banhistas desavisados.

O surfista Denys Sarmanho da Silva, que vive há anos em Salinópolis, afirmou que nunca havia presenciado uma quantidade tão grande de algas no Atalaia. “Já houve outros invernos amazônicos em que elas apareceram, mas não nessa quantidade absurda. Em muitos pontos da praia, formaram verdadeiros ‘colchões’ de algas, dificultando a circulação de veículos”, relatou.

A presença do sargaço em praias tropicais é um fenômeno natural e cíclico, influenciado por fatores como temperatura da água, correntes marítimas e disponibilidade de nutrientes. Embora possa causar transtornos aos banhistas e comerciantes, especialistas reforçam que a ocorrência não representa ameaça ao ecossistema local.

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