Denúncias recentes apontam para uma preocupante invasão no conhecido Monumento Natural Atalaia, o Mona, em Salinópolis, região nordeste do Pará. Trata-se de uma reserva ambiental, supostamente protegida, onde a construção de residências, inclusive de alto padrão, estaria ocorrendo há mais de um ano. As informações são do Portal Olavo Dutra.
A irregularidade, que envolve a instalação de moradias em uma área destinada à preservação ambiental, é atribuída ao Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado (Ideflor-Bio), à Superintendência do Patrimônio da União (SPU) e à prefeitura do município. O Mona destaca-se por sua riqueza em flora e fauna, abrigando espécies como tartarugas e diversos animais marinhos.
“Ponta da Sofia” dominada
Imagens revelam uma intensa especulação imobiliária na área, situada à direita de quem acessa a Praia do Atalaia, conhecida como “Ponta da Sofia”. A presença de construções duvidosas e a comercialização fácil de peças de madeira nobre levantam questionamentos sobre a procedência dessas edificações.
Quem liberou, afinal?
A Unidade de Conservação, que abrange 256,58 hectares de sítios naturais raros e singulares, está sofrendo com a ocupação desordenada. A especulação é de que os órgãos responsáveis estejam cientes da invasão. Resta saber quem autorizou as construções, a ligação da rede elétrica e o fornecimento de água na área invadida.
Os donos da praia
Observadores afirmam que a intensa especulação imobiliária na Praia do Atalaia envolve figuras influentes, incluindo deputados, empresários, policiais e juízes. A mistura de bangalôs, pequenos casebres e construções precárias indica a falta de ordenamento na ocupação da região.
Bairro e denúncia fiscal
Conselheiros que estiveram na área recentemente alertam sobre o suposto crime ambiental. Marwan Salman e Walmir Seabra destacam a “Ponta da Sofia” como refúgio de autoridades e empresários que deveriam preservar o patrimônio ambiental público. A omissão do poder público municipal em conter o avanço das construções irregulares também é criticada.
Favores e rigores da lei
O engenheiro Adaías Gonçalves, consultor local, reforça a crítica à invasão e aponta a “omissão do poder público municipal” diante do avanço das construções irregulares. Ele destaca a burocracia enfrentada por empresários locais para aprovar projetos legais. Até o momento, aguardamos os posicionamentos do Ideflor-Bio, SPU, Prefeitura de Salinas, concessionária de energia elétrica e Ministério Público do Estado do Pará, que não se manifestaram até o fechamento desta edição.
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