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Estudante sob investigação por fraude exigia R$ 150 mil por acesso privilegiado às provas

A Polícia Federal está em busca de respostas após lançar uma investigação sobre um estudante de medicina, André Rodrigues Ataíde, de 23 anos, suspeito de fraude no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo as autoridades, Ataíde teria utilizado documentos falsos para realizar provas em nome de terceiros, resultando na aprovação de pelo menos duas pessoas no curso de medicina na Universidade do Estado do Pará (UEPA).

As investigações revelam que o esquema teria operado por dois anos consecutivos, em 2022 e 2023, com o estudante recebendo cerca de R$ 150 mil de forma parcelada pelas provas fraudulentas. As denúncias anônimas foram cruciais para o início das investigações, levando à operação conduzida pela Polícia Federal na última sexta-feira (16/2).

Um dos casos destacados envolve Moisés Oliveira Assunção, de 25 anos, que teria sido beneficiado pela fraude, ingressando no curso de medicina na UEPA sem sequer escrever a redação do Enem. A descoberta da fraude ocorreu por meio de trocas de mensagens entre Assunção e sua namorada, revelando que ele não estava presente na sala de provas nos momentos decisivos do exame.

A perícia analisou assinaturas e padrões de caligrafia, concluindo que não foi Moisés quem escreveu a redação, mas sim André. As investigações agora se estendem para verificar se o estudante sob suspeita também teria praticado fraudes em outros concursos e vestibulares.

Os três envolvidos na fraude, incluindo André Rodrigues Ataíde, responderão em liberdade por falsidade ideológica e uso de documento falso. Enquanto a defesa alega amizade entre os acusados e nega o recebimento de valores por André para realizar as provas em nome de terceiros, as investigações continuam a desvendar o alcance total do esquema de fraude no Enem.

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