CRIME

Estudante picado por naja é preso em investigação sobre tráfico de animais

O estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck, que foi picado por uma cobra naja em 7 de julho, foi preso na manhã desta quarta-feira, 29, pela Polícia Civil do Distrito Federal. Ele é suspeito de integrar um esquema para a prática de crimes ambientais, como tráfico de animais.

Pedro Henrique foi picado por uma cobra naja, em Brasília

A prisão temporária tem prazo de cinco dias e faz parte da quarta fase da operação “Snake”. Na terceira fase, o amigo de Pedro que teria ocultado as cobras, Gabriel Ribeiro de Moura, também foi preso temporariamente.

Prisão – Segundo informações da Polícia Civil, o mandado prisão foi cumprido na residência do suspeito, na região administrativa do bairro Guará. A 1ª Vara Criminal do Gama decretou a prisão temporária diante de indícios de que Pedro Henrique estivesse destruindo provas relacionadas a crimes ambientais apurados pela autoridade policial.

Na última semana, uma reportagem do jornal Correio Braziliense informou que uma testemunha ouvida pela polícia do Distrito Federal afirmou que Pedro Henrique, de 22 anos, comprava e vendia cobras exóticas desde 2019. A testemunha, que é um conhecido do estudante, disse em seu depoimento saber que Krambeck mantinha cobras em casa e que ele as vendia ilegalmente.

Após o estudante ser picado pela naja, criada dentro do apartamento onde mora com os pais, a polícia recebeu denúncias anônimas e chegou até um haras onde havia mais 16 cobras de espécies exóticas.

Tráfico – A polícia suspeita de tráfico nacional ou internacional de animais, com a reprodução das cobras. Os oficiais também acreditam que o jovem, junto a outros colegas da faculdade, usava as serpentes para produzir soro antiofídico ilegalmente. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) aplicou R$ 78 mil em multas para a família dele.

Pedro Henrique Krambeck ficou hospitalizado por mais de uma semana e chegou a entrar em coma após o incidente. Como a cobra naja não é natural do Brasil, só existia uma dose de soro antiofídico no país para tratar a picada. O medicamento teve que ser enviado para o estudante do Instituto Butantan, em São Paulo. Originária da África e da Ásia, a naja é uma das cobras mais venenosas do mundo.

Fonte: UOL

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