BELÉMBelémxManausNOTÍCIANOTÍCIAS

Empresário amazonense quer levar COP30 para Manaus, mas presidente diz: “Não vamos nos mudar”

Bruno Goes defende mudança de sede, mas André Corrêa do Lago reitera: COP30 será em Belém, apesar da pressão por logística difícil

Mesmo diante de críticas à infraestrutura hoteleira de Belém, o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, afirmou nesta sexta-feira (1º): “Não vamos nos mudar”. A declaração responde a uma campanha impulsionada por veículos do Sul e Sudeste, mas também por alguns empresários da região Norte — como o amazonense Bruno Goes, que chegou a sugerir publicamente a transferência do evento para Manaus.

Pressão externa e regional

A proposta de mudança ganhou repercussão após declarações de Bruno Goes, que afirmou preferir que a COP fosse realizada em Manaus. Embora não tenha contato direto com a organização do evento, a sugestão causou mal-estar, especialmente sobre o impacto simbólico de deslocar a conferência climática da capital paraense. Ainda assim, o embaixador Corrêa do Lago foi enfático:

  • Estrutura suficiente: “Belém tem condições de receber o público”, ponderou, reduzindo o problema aos altos preços nas hospedagens, e não à capacidade das instalações ou da cidade.
  • Medidas em curso: Ele sublinhou que medidas estão sendo implementadas para conter abusos do mercado hoteleiro, com intervenções legais e regulamentações visando tornar os custos mais justos.

Sede confirmada

Segundo o presidente, a decisão já foi tomada: a COP30 será em Belém, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025.

Com o discurso claro, Corrêa do Lago passou a articular respostas diplomáticas internas e externas, reafirmando o protagonismo da Amazônia no debate climático. Ele também reforçou que eventuais sugestões de mudança dificultariam a credibilidade e o planejamento do evento, que busca consolidar Belém como palco internacional com legado institucional e sustentável.

💬 Bruno Goes e a rivalidade regional

O empresário amazonense Bruno Goes já protagonizou outras polêmicas ao defender que “todo paraense sonha morar no Amazonas”. Agora, ao questionar a escolha de Belém para sediar um evento dessa magnitude, reacendeu tensões históricas e culturais entre Pará e Amazonas — especialmente no que tange à representatividade e protagonismo regionais.

Mesmo assim, as críticas dele não alteraram os planos oficiais.

COP com identidade amazônica

Para Corrêa do Lago, a COP30 representa mais que um evento diplomático: é uma oportunidade de reposicionar o Brasil no debate global, com foco na bioeconomia, participação ativa de comunidades locais e implementação de políticas climáticas reais. Ele defende que a conferência transcenderá o lote de discursos: “é hora da ação”.

Belém, diz o embaixador, será palco de um “mutirão global” com apoio de governos, sociedade civil, pequenas empresas e povos tradicionais — um compromisso coletivo rumo à sustentabilidade e justiça climática.

VEJA VÍDEO:

Etiquetas

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar