Edmilson Rodrigues e o abandono de Belém

A gestão de Edmilson Rodrigues (PSOL) em Belém tem sido marcada pelo abandono, e isso não é apenas uma percepção popular: é uma realidade que se agrava a cada dia. Desde as eleições de outubro, quando o prefeito e seu partido amargaram menos de 10% dos votos válidos, a sensação de inércia tomou conta da cidade. Edmilson parece ter desistido de governar, deixando Belém entregue à própria sorte.

Com o início do rigoroso inverno amazônico, os problemas estruturais da cidade ficam ainda mais evidentes. As chuvas recentes já causaram alagamentos em diversos pontos, caos no trânsito, quedas de energia e árvores. Apesar de previsíveis, esses impactos não encontram uma gestão preparada para enfrentá-los. A prefeitura não iniciou sequer ações básicas de limpeza de canais e bueiros, medidas indispensáveis para minimizar os estragos típicos dessa época do ano.

O impasse do canal São Joaquim

Um exemplo do abandono da gestão municipal é o canal São Joaquim. O governo estadual tomou a iniciativa de dragar o local, uma ação fundamental para evitar alagamentos em uma das áreas mais vulneráveis de Belém. No entanto, a prefeitura embargou a obra, alegando falta de licenças. Enquanto as burocracias são debatidas, os moradores continuam sofrendo com enchentes e a precariedade do serviço público.

Um legado de precariedade

Ao final de seu mandato, Edmilson Rodrigues deixará uma cidade combalida, com uma infraestrutura insuficiente e desorganizada. Mesmo com os preparativos para a COP30, evento de enorme importância internacional, o que depende da prefeitura avança de forma lenta, quase parando.

Belém não esquecerá como foi tratada durante esses quatro anos: uma gestão ausente, incapaz de enfrentar os desafios básicos de uma capital amazônica. O que resta é a esperança de que a próxima administração esteja mais comprometida com os problemas da cidade e sua população.