A situação do Paysandu na Série B está cada vez mais crítica. Na noite desta segunda-feira, 26, no estádio da Curuzu, o time novamente frustrou sua torcida, saindo com um empate sem gols contra o Mirassol. Mesmo jogando parte do segundo tempo com um jogador a mais, a equipe paraense foi incapaz de marcar e chegou ao sétimo jogo consecutivo sem vitória, ficando apenas quatro pontos acima da zona de rebaixamento.
Hélio dos Anjos, o técnico do Paysandu, atribuiu o resultado ao árbitro, que deixou de marcar um pênalti nos minutos finais da partida. Mas até quando o Paysandu vai depender da sorte ou de decisões arbitrárias, em vez de construir uma vitória com jogadas bem trabalhadas e um esquema tático eficaz?
A constrangedora situação do clube na Série B foi agravada pela briga interna entre o gerente de futebol, Ari Barros, e Hélio dos Anjos, que se tornou pública. Hélio ameaçou deixar o clube caso Ari não fosse demitido, e saiu vitorioso, ganhando grande respeito dentro da instituição, especialmente após salvar o ano de 2023 ao colocar o clube de volta na Série B após quatro anos de frustrações.
Por outro lado, os rumores de que Hélio estaria criando sua “panelinha” dentro do time estão cada vez mais fortes. Jogadores indicados por Hélio parecem ter prioridade sobre aqueles sugeridos por Ari Barros, e, nesse conflito de interesses, o futebol e o mérito foram deixados em segundo plano, com os resultados da equipe refletindo essa divisão.
As grandes conquistas de Hélio dos Anjos não podem ser confundidas com submissão à sua pessoa. A instituição Paysandu é maior do que isso. Em meio a esse conflito de interesses, péssimos resultados e jogadores aquém do esperado em várias posições, o torcedor bicolor se pergunta: Onde está o presidente Maurício Ettinger? Até quando a amizade e o apreço do presidente por Hélio vão manter o treinador no comando? Ou será que Maurício Ettinger também é submisso aos desejos e caprichos de Hélio dos Anjos?
O tempo corre contra o Paysandu, e apesar do respeito que Hélio merece por suas conquistas, todo ciclo tem um fim, cedo ou tarde. Será que o presidente estará à altura do desafio quando o momento chegar?
