Após a divulgação, n terça-feira, 26, pelo portal Metrópoles, do que seria uma planilha dos gastos do Governo Federal com alimentos e bebidas em 2020, usuários de redes sociais passaram a comentar os valores. E surgiu, nas redes sociais, o boato de que o presidente Jair Bolsonaro seria o responsável por gastar, sozinho, R$ 15 milhões em leite condensado.
A informação, no entanto, é falsa, já que o valor equivale aos gastos com o produto de todos órgãos do Poder Executivo no ano passado.
R$ 1,8 bilhão em alimentos – De acordo com o veículo, o Governo Federal gastou R$ 1,8 bilhão na compra de mantimentos, o que representaria um aumento de 20% na comparação com 2019. Além disso, o veículo deu exemplos dos produtos, entre eles os R$ 15,6 milhões em leite condensado.
Do valor total, R$ 14,2 milhões foram gastos do Ministério da Defesa e utilizados na alimentação do efetivo de todas as Forças Armadas. De acordo com a Pasta, são cerca de 370 mil pessoas.

Já o restante dos valores utilizados na compra de leite condensado veio dos ministérios da Educação (R$ 1 milhão), da Justiça (R$ 327 mil) e da Saúde (R$ 61 mil).
Site fora do ar – Após polêmica do leite condensado, o Portal da Transparência do governo sai do ar.
Alguns valores repercutiram durante todo o dia entre os opositores de Bolsonaro. Em especial, o gasto de mais de R$ 15 milhões em leite condensado, chegou a ficar horas entre os assuntos mais comentados no Twitter.
Destacou-se o valor “absurdo” da unidade da lata do produto: R$ 162 reais cada uma. O valor de R$ 15 milhões equivale a 7.200 latas por dia.
Até às 7h30 desta quarta-feira, 27, o portal ainda estava fora do ar, voltando somente por volta das 10 horas. O Governo ainda não se posicionou oficialmente sobre o assunto.
Investigação dos gastos – O deputado David Miranda (PSOL-RJ) protocolou uma ação pedindo que o procurador-geral da República, Augusto Aras, investigue o gasto de R$ 1,8 bilhão do Governo Federal em alimentos e bebidas no ano de 2020, um aumento de 20% em relação a 2019.
O parlamentar solicita que o órgão apure os fatos e responsabilize o presidente Jair Bolsonaro. Também assinam o documento as deputadas Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e Vivi Reis (PSOL-PA).



