Cerca de 292 mil paraenses com mais de 14 anos estavam desempregados no estado no final de outubro, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PnadC-T) divulgados pelo IBGE. O número, semelhante à população de Parauapebas (298 mil habitantes), é o menor registrado nos últimos três anos.
Em outubro de 2022, o estado registrava 331 mil pessoas desocupadas, e há dois anos eram 369 mil. Essa redução é em parte reflexo do desempenho positivo de setores como construção civil e serviços, que juntos criaram 24 mil empregos formais entre janeiro e setembro deste ano, especialmente nos municípios de Belém, Canaã dos Carajás, Marabá e Castanhal.
Apesar da melhora, o Pará é o 7º estado com o maior número de desocupados no país, ficando atrás de São Paulo (1,593 milhão), Rio de Janeiro (774 mil) e Bahia (681 mil), entre outros.
Informalidade e baixa remuneração
Um dos principais desafios do mercado de trabalho paraense é a elevada taxa de informalidade. Segundo o IBGE, 56,9% da força de trabalho ocupada no estado está nessa condição, a maior taxa do país.
Além disso, o Pará tem a 7ª menor remuneração média do Brasil, com R$ 2.351. Essa média é superior apenas aos estados da Região Norte e Nordeste, como Amazonas (R$ 2.334) e Maranhão (R$ 2.085). No ranking nacional, os melhores salários estão no Distrito Federal (R$ 5.577) e em São Paulo (R$ 4.051).
Em Belém, a média salarial é de R$ 3.338, colocando a capital paraense entre as dez com os menores ganhos do Brasil. No entanto, o valor ainda supera a média de cidades como Manaus (R$ 2.770) e Salvador (R$ 2.755).