O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) foi retirado de um voo da Gol, em Guarulhos (SP), no meio de uma conexão que ia do Rio de Janeiro para Brasília, na terça-feira, 26, por se recusar a usar máscara, o que é obrigatório a todos os passageiros.
Silveira se apresentou para embarque informando ser deputado federal e alegando que teria dispensa médica para não utilização de máscara facial Ele foi informado por um funcionário que teria o embarque negado caso não utilizasse a máscara a bordo.
Cefaleia crônica – O deputado seguiu adiante pelo finger até a aeronave. Segundo relatório da companhia ao qual o R7 teve acesso, Silveira teria alegado que o “voo só sairia com ele a bordo”. A Polícia Federal foi chamada para a retirada do parlamentar. De acordo com a companhia, o atestado apresentado pelo deputado alegando ter cefaleia crônica não se enquadra para embarque sem máscara.
Com a chegada da PF, Silveira deixou o local. Segundo o deputado, o incidente se deu no finger, antes de ele entrar na aeronave. O comandante assinou um documento chamado ‘Termo de Desembarque Compulsório’ (TDC) e a companhia remarcou seu embarque para o voo seguinte para Brasília, mediante a utilização de máscara.
Ao R7, o deputado afirmou que vai processar a companhia aérea e alegou estar amparado pela lei. “Não embarquei porque poderia ter pessoas de diferentes ideologias e preferi evitar um tumulto”, afirmou.
Daniel Silveira é considerado bastante polêmico em sua atuação como deputado. Em 2019, ele justificou em discurso no Plenário os assassinatos de negros no país afirmando que eles ocorrem porque “os negros que cometem crimes”. Silveira contestou os dados do Ipea afirmando que ele teve o “prazer e o desprazer” de atuar em todas as favelas do Rio de Janeiro e que se mais negros morrem é porque “tem mais negros com armas, mais negros no crime e mais negros confrontando a polícia”.
Fonte: portal R7



