O delegado Arthur Nobre foi preso novamente nesta semana em mais uma etapa da operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Pará. A prisão preventiva foi decretada pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) sob a acusação de que Nobre teria usado indevidamente o sistema da Polícia Civil para investigar irregularmente o juiz Heyder Tavares da Silva Ferreira.
Essa é a segunda vez que o delegado é alvo de ações judiciais em 2024. Em outubro, Nobre foi detido durante investigações que o apontaram como integrante de um esquema fraudulento que causou prejuízos de R$ 10 milhões a instituições financeiras. De acordo com o Gaeco, o grupo falsificava certidões em cartórios para obter empréstimos, utilizando imóveis fictícios como garantia. Após o vencimento das parcelas, as dívidas não eram quitadas, levando os bancos a descobrirem o golpe somente ao tentar recuperar os valores emprestados.
A Polícia Civil informou que o delegado está sob custódia, mas não comentou sobre o uso indevido do sistema institucional. “O procedimento está sendo conduzido, sob sigilo, pelo Ministério Público”, declarou a corporação em nota.
A defesa do delegado Arthur Nobre ainda não se manifestou sobre as acusações. O caso segue sob investigação, com grande repercussão devido à gravidade das denúncias e ao impacto financeiro do esquema criminoso.