Crise na gestão do lixo em Belém: Caos nas ruas, colapso na coleta e protestos de moradores
A manhã de terça-feira (2) foi mais um capítulo caótico na crise que assola a gestão do lixo em Belém. As vias da cidade amanheceram tomadas por sacolas de lixo domiciliar, enquanto a população mostrava seu descontentamento com o prefeito, Edmilson Rodrigues (PSOL). Este episódio ocorreu apenas um dia após a cidade enfrentar a queima de lixo acumulado no Entroncamento no primeiro dia do ano.
Na avenida Magalhães Barata, com a tv. 14 de abril, no bairro de São Brás, um caminhão de coleta de lixo caiu em um buraco no asfalto antes das 6h. O veículo, carregado de resíduos, ficou preso com uma roda afundada, resultando na interdição de uma faixa da via destinada aos pedestres.
Enquanto isso, nas margens do canal do Galo, próximo à travessa Coronel Luiz Bentes, no bairro do Telégrafo, uma cena lamentável se desenrolava. A via inteira estava coberta por lixo espalhado, levando a população a queimar pedaços de madeira em protesto. A Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), procurada para comentar a situação, não havia dado retorno até a publicação desta reportagem.
Na região das ilhas, especificamente no Combu, moradores denunciaram a falta de coleta de lixo, um problema recorrente segundo eles. O lixo das residências e restaurantes já se acumulava próximo ao rio, nos trapiches da ilha, considerada um importante ponto turístico e área de proteção ambiental.
Os cooperados responsáveis pela coleta de lixo nas ilhas afirmam que suas atividades estão paralisadas desde julho de 2023, devido a atrasos nos pagamentos dos salários. Além disso, a frequência da coleta, que costumava ocorrer três vezes por semana, foi reduzida para apenas duas vezes. Outras ilhas da região também estão enfrentando problemas semelhantes, sendo que a falta de repasse de verbas pela prefeitura à empresa gestora do serviço é apontada como a causa raiz desses desafios na ilha.
