Uma postagem nas redes sociais feita por um jovem que descreveu sentir uma energia pesada ao visitar a famosa Ilha de Cotijuba, em Belém, viralizou recentemente, gerando discussões sobre o misticismo e a espiritualidade do local.
Cotijuba é conhecida por suas belas praias de água doce e seu charme bucólico, atraindo muitos jovens por sua proximidade com o centro da cidade. O jovem que compartilhou sua experiência mencionou que a ilha pode ser desafiadora para aqueles que são médiuns ou sensitivos, afirmando que há uma quantidade significativa de almas pedindo socorro que habitam o local.
Após a publicação, diversos relatos de outras “experiências” na ilha começaram a surgir nas redes sociais. Uma internauta afirmou ter seguido as recomendações de seus guias espirituais, acendendo velas e tomando precauções, mas destacou a presença de energias espirituais positivas nas tradições locais, como as firmezas e tronqueiras presentes na Aldeia Cotijuba. Outro internauta mencionou a sensação arrepiante de esperar por uma moto na entrada das ruínas, fazendo referência à antiga prisão da ilha.
Cotijuba abrange uma área de preservação ambiental, com 18 quilômetros de trilhas e ruas que se estendem tanto em zonas urbanas quanto em zonas ambientais. Com mais de 10 praias e diversas pousadas, a ilha atrai muitos turistas em busca de sua biodiversidade exuberante.
No entanto, a história de Cotijuba vai além de seu apelo turístico. Durante a fase de colonização, a ilha abrigava engenhos, incluindo um engenho de branqueamento de arroz no século XVII. Em 1933, foi estabelecida uma escola para menores infratores, conhecida como Educandário Nogueira de Farias, que posteriormente se transformou na primeira penitenciária do Pará. Desde então, Cotijuba passou a ser chamada de “A ilha do Presídio”, uma referência à famosa prisão de Alcatraz nos Estados Unidos.
A penitenciária foi desativada em 1977, e os veículos foram proibidos de circular na ilha durante os anos 90. As ruínas da antiga prisão permanecem como um lembrete histórico desse capítulo sombrio da ilha.
