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Cortejo cultural celebra 70 anos de Mestre Damasceno, no Marajó

“Emoção, felicidade, sorte, tudo aquilo que a gente estava esperando aconteceu. Setenta anos deve ser comemorado. Homenagens nós temos que receber em vida, muitos de nós estamos sendo chamados. Depois, já foi”, assim diz mestre Damasceno, um dos maiores nomes da cultura popular marajoara, quiçá brasileira. A crítica dele é sobre a falta de reconhecimento de mestres de carimbo.

Repentista, cantador de carimbó, compositor de sambas, fazedor de rimas, poeta, pescador, artesão e criador do ‘búfalo-bumbá’ completará 70 anos de idade nesta segunda-feira (22) e pretende celebrar a data do jeito que mais gosta: em meio a um cortejo cultural pelas ruas de Salvaterra, no Arquipélago do Marajó.

Durante os 50 anos de atividades exercidas com a cultura, Damasceno Gregório dos Santos, o mestre Damasceno, mobilizou crianças, adolescentes, adultos, idosos e pessoas com deficiência em prol da realização da cultura popular nas ruas.

Uma das marcas do trabalho dele é a criação do brinquedo de rua chamado de Búfalo-bumbá, que é uma versão marajoara do boi-bumbá.

Atualmente ele fez um mini búfalo para o neto e pintou os olhos do animal de branco como estratégia para representar a inclusão social das pessoas com deficiência na brincadeira, marca registrada do artista.

Mestre Damasceno não enxerga desde os 19 anos, devido a um acidente de trabalho na construção civil.

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