O corpo da cantora paraense Rute Gomes dos Santos, conhecida artisticamente como Ruthetty, será velado nesta quinta-feira (4/12), a partir das 14h, na funerária Goldpax, localizada na travessa Lomas Valentinas, no bairro do Marco, em Belém. A artista, considerada um dos principais nomes do tecnomelody e da música romântica no Pará, foi encontrada morta na quarta-feira (3/12), dentro de uma residência no bairro da Marambaia, na capital paraense.
O caso está sendo investigado sob sigilo pela Delegacia de Feminicídio (Defem). Segundo informações divulgadas pela Polícia Científica do Pará, o corpo de Ruthetty passou por perícia e foi liberado às 8h30 desta quinta-feira.
O sepultamento está previsto para esta sexta-feira (5/12), às 10h, no Cemitério Parque Memorial Metrópole, em Ananindeua, na Grande Belém. A cerimônia será aberta ao público.
Primeiras informações e linhas de investigação
Informações obtidas pelo jornalista Wesley Costa, da Rádio Liberal+, junto a fontes da Polícia Científica, indicam que a cantora teria sido atingida por golpes na região da cabeça. Conforme essas primeiras apurações, o principal suspeito seria o ex-companheiro da artista.
Ainda segundo essas informações preliminares, após a agressão, o suspeito teria tentado montar uma cena para simular um suicídio, vestindo a artista e colocando um tecido em seu pescoço, numa tentativa de sustentar uma narrativa diferente das circunstâncias reais da morte.
A hipótese reforça as dúvidas levantadas pela família, que descarta a possibilidade de suicídio. Uma das irmãs da cantora foi a primeira a chegar ao local e encontrou a casa revirada. Um vídeo que circula nas redes sociais, registrado por familiares, mostra manchas de sangue no ambiente enquanto uma pessoa comenta que houve “luta corporal” e que “enforcamento não sai sangue”. Parentes também relataram que o celular da artista está desaparecido desde a última sexta-feira (28/11).
A Polícia Civil ainda não divulgou detalhes sobre o andamento das investigações em razão do sigilo do processo.
Carreira e legado artístico
Ruthetty alcançou sucesso no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, período em que ficou nacionalmente conhecida como a “Rainha do tecnomelody”. Com músicas populares como “Viver de Ilusão” e “Amor da Minha Vida, Eterno Amor”, sua voz marcou festas, rádios e os tradicionais bailes da saudade, consolidando seu nome na cena musical paraense.
Em 2024, em entrevista ao Grupo Liberal, a cantora celebrou seu retorno aos palcos e destacou o carinho do público do Pará, que acompanhou sua trajetória por décadas.



