A capital do Pará sediará, a partir de 10 de novembro, a 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), evento que reunirá chefes de Estado, autoridades internacionais e especialistas em meio ambiente. Esta será a primeira edição do encontro realizada na Amazônia brasileira, consolidando Belém como um dos principais destinos de turismo sustentável do país.
Segundo o ministro do Turismo, Celso Sabino, o evento vai além das discussões climáticas e ambientais. “A COP30 é uma oportunidade para fortalecer o turismo sustentável, atrair investimentos e ampliar a qualificação profissional, posicionando a Amazônia como referência mundial em desenvolvimento verde”, afirmou.
Impactos econômicos e geração de empregos
A estimativa é que mais de 50 mil visitantes participem da COP30. O movimento já mobiliza diversos setores da economia local, incluindo hotelaria, transporte, alimentação e turismo receptivo. De acordo com o Ministério do Turismo, cerca de 2 mil profissionais estão sendo capacitados para atender à demanda do evento, com foco em hospitalidade, idiomas e sustentabilidade.
O ministério avalia que a conferência deve gerar empregos diretos e indiretos, além de promover a economia criativa e fortalecer o turismo de base comunitária, que valoriza a cultura e o modo de vida das comunidades locais.
Turismo comunitário e fortalecimento da bioeconomia
A COP30 também tem estimulado iniciativas de turismo de base comunitária, em especial nas ilhas de Combu e Cotijuba, próximas a Belém. Nesses locais, visitantes poderão conhecer tradições ribeirinhas, gastronomia amazônica e projetos sustentáveis que unem geração de renda e preservação ambiental.
Essas ações fazem parte da estratégia de impulsionar a bioeconomia amazônica, estimulando o uso sustentável dos recursos naturais e fortalecendo o protagonismo das comunidades tradicionais na economia regional.
Legado de infraestrutura e sustentabilidade
Entre 2023 e 2025, o Ministério do Turismo destinou R$ 1,8 bilhão para 1.240 obras de infraestrutura turística em todo o Brasil. Na Região Norte, os investimentos ultrapassam R$ 440 milhões, contemplando ações de qualificação profissional, criação de trilhas ecológicas e revitalização de espaços urbanos em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, ICMBio, Embratur e Unesco.
Um dos principais legados da conferência será o Parque da Cidade de Belém, área de 50 hectares que servirá como centro de convenções durante a COP30 e, posteriormente, será aberto ao público como espaço de lazer e turismo ambiental. Além dele, locais como o Mercado Ver-o-Peso, o Porto Futuro e o Centro Histórico passaram por melhorias estruturais para receber visitantes e delegações internacionais.
Com a realização da COP30, Belém se consolida como polo estratégico da Amazônia, reforçando sua posição no debate climático global e projetando a cidade como destino internacional de turismo sustentável e inovação verde.
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