A proposta de dividir a Conferência das Partes (COP) na Amazônia entre Belém, Rio de Janeiro e São Paulo tem gerado polêmica e críticas por parte de especialistas. Para Marcelo Thomé da Silva de Almeida, empresário da construção civil e presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), essa divisão seria um equívoco diante da simbologia e oportunidades que o evento representa.
A COP na Amazônia, idealizada após a liderança brasileira na COP28 em Dubai, tem o potencial de criar um ambiente propício para compromissos em prol da conservação das florestas e impulsionar a agenda ambiental global. Almeida ressalta que a realização do evento em Belém proporcionaria uma experiência única, permitindo que líderes mundiais e investidores conhecessem de perto a realidade da região e se engajassem em ações concretas.
O empresário destaca a importância de os participantes da COP sentirem o calor e umidade amazônicos, além de testemunharem a vida no limiar entre a cidade e a floresta. Essa imersão, segundo ele, seria fundamental para compreender a diversidade e desigualdades presentes no cotidiano dos habitantes da Amazônia.
Além disso, Almeida argumenta que Belém possui infraestrutura hoteleira adequada para receber os participantes da COP, citando alternativas como hospedagens em navios de cruzeiro e o modelo de Airbnb. Ele enfatiza que mais urgente do que resolver questões de infraestrutura é preparar o Brasil para mostrar o potencial da Amazônia como base para uma bioeconomia sustentável e fundamental na contenção da crise climática.
Apesar da reação rápida do governo federal e do governo do Pará em rejeitar a proposta de esquartejamento da COP, Almeida conclui chamando a atenção do setor produtivo, da academia e da sociedade civil para fortalecerem a defesa da realização integral do evento em Belém. Ele alerta que, diante dos desafios enfrentados pela região, é necessário manter o foco na preservação da Amazônia e aproveitar a oportunidade única que a COP na região representa.
O artigo, publicado no jornal Poder 360 em 27/03/2024, ressalta a importância de manter a COP na Amazônia como uma oportunidade singular para o Brasil e para o mundo, destacando a necessidade de preservação e valorização da maior floresta tropical do planeta.



