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COP 30: o mundo tem que ver que a Amazônia também é urbana

A Conferência da ONU sobre mudanças climáticas, COP 30, terá um foco especial na região amazônica. No entanto, é fundamental ressaltar que a Amazônia não é apenas uma região de florestas e áreas rurais, mas também possui uma significativa presença urbana.

Com uma taxa de urbanização acima de 70%, a maioria dos quase 28 milhões de habitantes da Amazônia Legal reside em áreas urbanas. Essas cidades apresentam uma grande diversidade, desde pequenos municípios ribeirinhos, inseridos no coração da floresta, até cidades médias com um vigor econômico notável, como Parauapebas, e metrópoles como Belém e Manaus.

Apesar de serem lar da maioria da população amazônica, as cidades da região têm sido negligenciadas nas discussões sobre a Amazônia. Parece que elas não são consideradas como parte integrante desse ecossistema.

Enquanto nas áreas rurais o desmatamento, a grilagem de terras e a mineração ilegal são problemas evidentes, nas cidades amazônicas fica evidente a carência de infraestrutura básica, como saneamento, arborização e transporte público de qualidade. Além disso, problemas relacionados à habitação e à violência também são desafios enfrentados pelas comunidades urbanas da região.

É fundamental que a COP 30 aborde e inclua as cidades amazônicas em suas discussões e planos de ação. Essas áreas urbanas têm um papel crucial na preservação da Amazônia e na mitigação das mudanças climáticas. Além disso, políticas e investimentos que promovam o desenvolvimento sustentável nessas cidades podem contribuir para melhorar a qualidade de vida da população e garantir a preservação ambiental.

A inclusão das cidades amazônicas no contexto da COP 30 é essencial para alcançar uma visão abrangente e realista da região. Somente ao reconhecer a Amazônia como um ecossistema tanto rural quanto urbano, poderemos enfrentar de forma eficaz os desafios ambientais, sociais e econômicos que afetam essa importante parte do nosso planeta.

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