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Conheça a história sobre a “Marcha do Vestibular” de Pinduca, e veja o listão da UFPA aqui.

A Universidade Federal do Pará (UFPA) divulgou, agora há pouco, na manhã desta quarta-feira, 14, o listão dos aprovados no Processo Seletivo (PS) 2021 daquela faculdade, o primeiro no contexto da pandemia do novo coronavírus. O listão pode ser acessado aqui neste link: https://listao.ufpa.br/

Durante da divulgação, a direção da UFPA tomou algumas medidas para evitar a aglomeração de pessoas, como por exemplo, a não fixar o listão nas paredes da Reitoria da UFPA, nem promover a famosa “leitura do listão”.

E ainda assim, a famosa “Marcha do Vestibular”, de Pinduca, será ouvida e cantando a pleno pulmões pelos vitoriosos na corrida pelo ensino superior. Mas você sabe qual é a história por trás de uma das músicas paraenses mais conhecidas e que traz gratas recordações a todos?

Em 2019, o jornal O Liberal contou essa história. Leia aqui:

É só começar a tocar os primeiros versos que um arrepio sobe à espinha. No primeiro “Alô, alô, alô, papai. Alô, mamãe. Põe a vitrola para tocar. Pode soltar foguetes que eu passei no vestibular…”, o paraense já sabe que o dia é do calouro em uma das maiores festas de aprovação no vestibular realizada no Brasil. O inconfundível batuque da “Marcha do Vestibular” traz à tona o cheiro do ovo e do trigo e também a alegria de milhares de famílias.

Hino do vestibulando paraense, a música é de autoria do professor Aluap de Lacran em parceria com Pinduca e está há algumas décadas no coração dos estudantes e famílias que sonham em ter a voz do “Rei do Carimbó” entoando uma das suas maiores vitórias.

Na década de 1970, em um ponto de encontro de músicos na capital paraense, no bairro da Cidade Velha, Pinduca conheceu o professor Lacran, que o apresentou algumas das suas músicas. “Ele me chamou em particular e disse que tinha umas músicas da cultura do carimbó. Aí eu pedi pra ele cantar umas pra mim lá no cantinho do Café Glória. Ele cantou uma meia dúzia, cantou essa Marcha do Vestibular e me interessei por ela”, relembra. “Aí perguntei: professor, ele era professor, o senhor pode ir lá em casa comigo e gravar num gravadorzinho?”, acrescenta ele, que não lembra ao certo o ano do encontro entre os dois.

Apesar de já estar pronta, a música passou por algumas modificações a pedido de Pinduca. “Tinha algumas palavras na Marcha que eu discordei com ele, e ele concordou comigo. Então falei pra ele trocar essa palavra aqui, essa ali…”, conta. Por ter gravado a canção e participado na coautoria, o músico foi colocado como parceiro na produção pelo professor De Lacran. “Ele virou pra mim e disse: se você gravar as minhas músicas, eu lhe dou a parceira de todas. Fica de nós dois”, revela. 

Primeira apresentação – A primeira apresentação da canção ocorreu na época do carnaval, no mês de fevereiro, no Círculo Militar, frequentado por diversos estudantes da época. “Lá pra duas da manhã, no baile de carnaval, anunciei que ia mostrar a música pra eles e se eles aprovassem, que viessem falar pra mim. Quando terminou, cobriram em cima de mim, foi aquele bocado de gente dizendo pra eu gravar a música”, lembra. 

Para o músico paraense, o vestibular no Pará é um dos mais animados do Brasil.  “Aqui em Belém é onde se comemora o melhor vestibular. Já fui contratado em vários estados pra resultado de vestibular, já fiz até na Bolívia, mas não é como o nosso daqui”, afirma Pinduca. 

Como para a maioria dos paraenses, o momento também emociona o músico. “Fico emocionado de satisfação. Gosto muito. Acho legal porque são dias, momentos de muita alegria aqui dentro de Belém. É bonito. Quando tô disposto, costumo dar uma volta na cidade no meu carro pessoal pra ver os aprovados. Às vezes me veem e querem jogar ovo, às vezes me acertam. É como se eu passasse no vestibular”, conta. 

E vamos de música, DJ! Parabéns a todos os aprovados!!

Fonte: jornal O Liberal

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