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Conheça a história do navio Presidente Vargas, o “Titanic da Amazônia”

Há quase 50 anos ia a pique o navio “Presidente Vargas”, joia rara da navegação na travessia Belém-Soure. Sofisticado e moderno para aquela época, o navio construído em aço naufragou após o desembarque de passageiros no trapiche da cidade, sem registrar vítimas.

O rio Paracauari, que banha a cidade de Soure, onde a embarcação adernou, é bastante profundo naquele ponto e pelas décadas do naufrágio, talvez só se aproveite a carcaça, o que é  muito pouco na relação custo-benefício de eventual tentativa de resgate. 

Foi no sábado, 3 de junho de 1972 a última viagem no navio Presidente Vargas. Ano que vem, será 50 anos desde o navio afundou no trapiche de Soure. O navio saía de Belém, dava uma parada em Mosqueiro e seguia para Soure. O navio Presidente Vargas nunca mais voltou para Belém.

Segundo comentários da época, o navio Presidente Vargas, teria saído na sexta-feira do dique da então Empresa de Navegação da Amazônia (Enasa), onde tinha sido submetido a uma revisão de rotina.

O navio havia feito a viagem da sexta-feira à noite, Belém-Soure-Belém. Fizera a de sábado que, segundo comentários da época, na volta pra Belém. começara “a fazer água”. No fatídico domingo, 4 de junho de 1972, tudo aconteceu.

O navio Presidente Vargas não voltou mais pra Belém. Nunca mais! Ele afundou em frente ao trapiche de Soure.

A misteriosa história desse navio feito na Europa, de luxo nunca visto no norte do Brasil, poltronas de couro, ar condicionado, com capacidade para 500 passageiros que antes de naufragar, permitiu que todos os passageiros desembarcassem tranquilamente no cais e depois afundou, gerou uma  história incrível e que até hoje causa muita polêmica, conhecida como o Titanic da Amazônia.

Era domingo, 4 de junho de 1972, às 21 horas, no porto de Soure, na ilha do Marajó. Havia desembarcado toda a sua lotação de passageiros. No misterioso naufrágio onde não houve vítimas, rumores falavam em crime premeditado por obscuras razões, considerando que ele tinha recentemente passado por reformas. O navio “fez água” calmamente, a ponto de passageiros e tripulação poderem sair ilesos do Presidente Vargas.

As circunstâncias do naufrágio – nunca esclarecidas – e as tentativas frustradas de retirá-lo do fundo do rio Paracauari apontam para um “naufrágio calculado”, na opinião de um especialista da área.

Um naufrágio que ficou conhecido como o do Titanic da Amazônia. Era considerado a mais suntuosa embarcação de toda a bacia amazônica. Com poltronas de couro, cada uma com cinzeiro, o navio tinha cara de iate. Seus amplos compartimentos e largos corredores se assentaram no imaginário de quem viveu a época.

Sucateada e mal administrada, a Enasa passou para o controle do estado do Pará no final da década de 1990. 

Fonte: blog Marajó Notícias

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