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Chefe do clima da ONU defende ação global contra queimadas na Amazônia: “É preciso agir”

Simon Stiell alerta para a urgência de medidas coletivas contra os impactos das mudanças climáticas

O secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, Simon Stiell, defendeu uma ação global coordenada para conter as queimadas na Amazônia e outros eventos climáticos extremos, como inundações devastadoras. Em entrevista à CNN Brasil, Stiell destacou que a maior floresta tropical do mundo, embora vulnerável, desempenha um papel crucial no combate às mudanças climáticas e precisa de uma proteção urgente.

Stiell enfatizou que as queimadas na Amazônia são um alerta para o mundo e só poderão ser enfrentadas de forma eficaz quando os países cumprirem as promessas estabelecidas nos planos climáticos. “A única maneira de vermos uma diferença em relação a esses eventos extremos induzidos por mudanças climáticas é por meio de solidariedade e ação global, cumprindo o Acordo de Paris”, afirmou.

COP30 em Belém e as expectativas globais

Com a realização da COP30 em Belém em 2025, Stiell acredita que o Brasil tem uma oportunidade única de mostrar ao mundo a importância da defesa da Amazônia. Ele ressaltou que a cúpula global do clima, ao ser realizada na região, será uma vitrine tanto para expor a fragilidade da floresta, em meio ao desmatamento crescente, quanto para reforçar sua importância como parte da solução climática global.

“Trazer a COP para a Amazônia destaca tanto sua vulnerabilidade quanto a necessidade urgente de conservar a floresta”, afirmou Stiell, lembrando também o papel ativo do Brasil na presidência do G20, ao liderar discussões globais sobre a defesa do meio ambiente.

Desafios globais e a necessidade de ação concreta

Stiell alertou que, embora os países tenham a chance de revisar suas metas climáticas durante as próximas rodadas de negociações da COP, essas promessas precisam ser transformadas em ações concretas. Ele vem cobrando governos, empresas privadas e ONGs para atuarem com mais firmeza na implementação de políticas ambientais, lembrando que a falta de ação compromete o sucesso no combate às mudanças climáticas.

Para Stiell, a COP30 será um momento chave para avaliar o progresso global e reforçar o compromisso de preservar o meio ambiente.

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