Quem passa pela avenida Nazaré, esquina com a travessa Dr. Moraes, já pode ver o belo casarão que os tapumes da reforma escondiam. O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), entrega no próximo dia 25 de junho o Centro Cultural Palacete Faciola, casarão que será a nova casa do acervo cultural do Museu de Imagem e do Som (MIS) e o Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (DPHAC).
O palacete é composto por três casas, duas delas vão abrigar os acervos do MIS e do DPHAC, com mobiliários, biblioteca para pesquisas, equipamentos audiovisuais e sonoros, além de coleções importantes do cinema regional, que vão desde obras de 1950 até os anos 2000.
MIS – PA – A nova moradia do MIS contemplará cerca de 4.460 mídias sonoras em fitas K7, discos de vinil e CDs; e 4.485 mídias audiovisuais, que englobam fitas VHS, rolos de películas 35mm/16mm, DVDs, fitas mini DV e DV Cam e HD Cam. O museu ainda preserva 600 fotografias de acesso público e 500 materiais impressos.
As principais obras que compõem a coleção do museu são longas-metragens e documentários de Líbero Luxardo; cine jornais de Milton Mendonça; documentário do Museu do Marajó, de autoria do padre Giovanni Gallo; partituras, músicas, cartas e fotografias do maestro Waldemar Henrique e de Altino Pimenta; cartazes de filmes de Pedro Veriano; depoimentos de figuras públicas paraenses; filmes paraenses contemporâneos e filmes brasileiros da Agência Nacional do Cinema (Ancine).
De acordo com o diretor do MIS, Januário Guedes, a projeção do novo espaço do museu é pensada em um período imediato de curto, médio e longo prazo. No primeiro momento, serão realizadas duas exposições, compostas por maquetes históricas de Belém e objetos do cinema e audiovisual, que fazem parte das peças fixas do museu. Em curto prazo, pretende-se promover sessões de cineclube; o médio e longo prazo são pensados para pesquisas feitas por professores e estudantes, juntamente com a criação de ações sobre de educação patrimonial para alunos de escolas públicas.
Após 50 anos de criação do museu, a expectativa é que o patrimônio tenha, de forma permanente, a estrutura e ferramentas adequadas para o manuseio.
DPHAC – Já o DPHAC funcionará com a estrutura organizacional de arquivos e uma biblioteca especializada em publicações referentes ao departamento, que consiste em processos, plantas, fotografias, livros, folhetos, periódicos e slides – cuja finalidade é disponibilizar o acervo para pesquisas, análises e atividades educativas patrimoniais.
Ainda haverá um espaço expositivo sobre o palacete Faciola que compreende mobiliários históricos e explicações sobre o processo de restauro. Parte do mobiliário corresponde ao Museu do Estado do Pará (MEP) e ao Museu da Imagem e do Som.
A abertura do Centro Cultural Palacete Faciola irá inaugurar o espaço físico do DPHAC, explica a diretora do espaço, Karina Moriya. “O departamento contará com espaços onde as pessoas poderão visitar, pesquisar e entender a importância do trabalho de preservação, restauro e áreas de socialização e de desenvolvimento da cultura paraense”, salienta.
Assim que for aberto ao público, no domingo, dia 25 de junho, o departamento funcionará de segunda à sexta-feira, das 9h às 15h.