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Censo 2022: Pará, Amapá e Rondônia são os únicos estados com menos da metade da população com água encanada

O mais recente Censo Demográfico, divulgado pelo IBGE, traz à tona uma realidade preocupante: a falta de universalização do acesso à água encanada, principalmente nos estados do Pará, Amapá e Rondônia, na Região Norte. Embora o serviço de abastecimento tenha crescido em todo o país nas últimas décadas, esses três estados ainda apresentam menos da metade de seus lares conectados à rede geral de água.

De acordo com os dados coletados, apenas 48% dos domicílios no Pará têm acesso à rede geral como principal fonte de abastecimento de água, enquanto no Amapá e em Rondônia, esses números são ainda menores, com 43% e 45%, respectivamente. Essa situação coloca esses estados em destaque, demonstrando a disparidade existente no acesso a serviços básicos entre diferentes partes do país.

A falta de água encanada é um problema mais evidente no Norte e no Nordeste do Brasil, onde a proporção de lares sem esse recurso é significativamente maior em comparação com outras regiões. Enquanto no Centro-Oeste, Sudeste e Sul esse índice é inferior a 1%, no Norte e Nordeste chega a 6% e 6,5%, respectivamente. Esse contraste destaca a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura e políticas públicas para garantir o acesso universal à água potável em todo o território nacional.

A mudança na metodologia de coleta de dados entre os Censos de 2010 e 2022 revela uma abordagem mais abrangente na análise do abastecimento de água nos domicílios. Enquanto antes apenas a “melhor forma” de abastecimento era registrada, agora se considera a “principal forma”, oferecendo uma visão mais precisa da realidade enfrentada pela população.

Além dos desafios nas áreas rurais, o Censo também destaca a persistência da falta d’água em domicílios localizados em grandes cidades, como Manaus, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e São Gonçalo. Embora alguns municípios tenham apresentado melhorias ao longo dos anos, ainda há uma parcela significativa da população sem acesso à água encanada em suas residências, evidenciando a necessidade contínua de investimentos em infraestrutura urbana.

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