DENÚNCIA

Candidato vai entrar na Justiça para que eleição do Sindicato dos Jornalistas do Pará seja realizada

As eleições para nova diretoria do Sindicato do Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) já deveriam estar em processo, mas a pandemia do novo coronavírus suspendeu o calendário com vistas à eleição. A situação fica ainda mais complicada, porque o mandato da atual diretoria termina em 22 de agosto próximo. O panorama atual é fonte de questionamento do jornalista Evandro Corrêa, que encabeça a chapa “Renova Sinjor”, a única que foi apresentada a concorrer à eleição, e ele questiona também que nem uma comissão foi constituída para dar prosseguimento ao processo eleitoral.

Evandro diz ainda que está disposto a entrar com um Mandado de Segurança junto ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-PA) para que a entidade realize o pleito, respeitando os prazos e a regra do jogo democrático, com está previsto no Estatuto do Sinjor-PA.

O jornalista-candidato diz ainda que três assembleias virtuais foram convocadas pelo Sindicato e que, na primeira, realizada em abril passado, e, por proposta do atual presidente do Sinjor-PA, o jornalista Felipe Gillet, o mandato da atual diretoria seria prorrogado por mais um ano, tendo como motivação principal a pandemia do novo coronavírus. A proposta foi aceita por unanimidade pelos 15 jornalistas que participaram dessa assembleia virtual.

Assembleias – O que Evandro questiona é que, depois dessa assembleia em abril, mais duas foram convocadas, uma para julho, que não foi realizada e transferida para 4 de agosto, e esta também não foi realizada por motivos técnicos no Facebook, plataforma escolhida para a assembleia virtual. “Por que o Sinjor convocou assembleias para iniciar o processo eleitoral se o mandato da atual diretoria já tinha sido prorrogado por um ano? Mas o Sindicato não pode prorrogar o mandato sem fazer alterações no estatuto do sindicato, portanto, não tem justificativa para não haver as eleições”, alerta Evandro.

“O problema é que a decisão de prorrogação do mandato da atual diretoria não se sustenta, porque a ata dessa reunião não foi assinada por ninguém, e, pior, dois dos membros da diretoria que votaram pela prorrogação do atual mandato não poderiam votar porque estão inadimplentes no Sindicato”, prossegue Evandro.

Evandro também alerta que a desculpa da insegurança de saúde, alegada pelo presidente Felipe Gillet, também não se sustenta, visto que a pandemia do novo coronavírus apresenta um decréscimo de casos e óbitos no Pará. “Tudo já sendo retomado no Pará. Se o Sinjor voltar atrás e iniciar o processo eleitoral, pelo estatuto, a eleição será realizada em três meses, em novembro próximo. Ora, dos quase mil integrantes do Sinjor, cerca de 200 estão aptos a votar, quando é que esse número representa insegurança de saúde, se os jornalistas estão espalhados pelas redações? E se uma assembleia foi feita para prorrogar o mandato atual, por que uma votação também não pode ser feita virtualmente?”, questiona Evandro.   

Em nota, a direção respondeu assim aos questionamentos: “A direção do Sinjor-PA vai realizar a eleição conforme a decisão da assembleia realizada em abril, onde foi decido por unanimidade a prorrogação do mandato, cabendo abertura do processo eleitoral tão logo fossem suspensos os decretos estadual e municipal em relação às restrições sanitárias por conta da pandemia. A Diretoria”.

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