Pela primeira vez na história, Canaã dos Carajás se tornou o maior produtor de recursos minerais do Brasil, com movimentação de R$ 37,85 bilhões em 2024. O município ultrapassou Parauapebas, que registrou R$ 37,28 bilhões, em uma disputa acirrada. Com Marabá na terceira posição, o Pará emplaca três cidades no pódio nacional da mineração, reafirmando sua importância no setor.
Resultados históricos
A liderança de Canaã dos Carajás se deve à diversificação da produção, especialmente pelo minério de cobre, que adicionou R$ 3,52 bilhões à arrecadação do município. Embora Parauapebas continue sendo o maior produtor de minério de ferro do país, com R$ 37,07 bilhões, a presença de outros minerais garantiu a vantagem de Canaã no ranking geral.
Marabá, com R$ 11,91 bilhões, registrou seu melhor desempenho e superou Conceição do Mato Dentro (MG), tradicional polo minerador. Além disso, a cidade paraense se consolidou como o maior extrator de cobre do Brasil.
O Pará foi o segundo maior estado minerador do Brasil em 2024, apesar de desafios nos anos anteriores. A Vale, maior empresa do setor no país, movimentou R$ 88,27 bilhões no estado, concentrando 90,4% da produção paraense.
Os três principais municípios (Canaã dos Carajás, Parauapebas e Marabá) responderam por 89% da atividade mineral do Pará. O estado também se destacou pela presença de mineradoras como Mineração Paragominas, Alcoa e Imerys, que, embora menores, reforçam a diversificação do setor.
Desafios e concentração geográfica
A liderança do Pará enfrenta desafios, como a concentração geográfica da produção em poucos municípios. Em 2024, apenas 72 das 144 cidades paraenses registraram atividade mineradora, enquanto Minas Gerais, concorrente direto, contou com operações em 523 dos seus 853 municípios.
Ainda assim, a projeção é de crescimento contínuo para os municípios líderes do estado, especialmente Canaã dos Carajás, que deve consolidar sua posição de destaque nos próximos anos.
Top 10 municípios mineradores em 2024
- Canaã dos Carajás (PA) – R$ 37,85 bilhões
- Parauapebas (PA) – R$ 37,28 bilhões
- Marabá (PA) – R$ 11,91 bilhões
- Conceição do Mato Dentro (MG) – R$ 11,27 bilhões
- Congonhas (MG) – R$ 9,93 bilhões
- Itabira (MG) – R$ 9,54 bilhões
- Itabirito (MG) – R$ 9,11 bilhões
- São Gonçalo do Rio Abaixo (MG) – R$ 7,76 bilhões
- Nova Lima (MG) – R$ 7,62 bilhões
- Mariana (MG) – R$ 7,61 bilhões