A Câmara Municipal de Belém aprovou nesta semana um requerimento simbólico que declara o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como “persona non grata” na capital paraense. A proposta foi apresentada pelo vereador Alfredo Costa (PT) e recebeu aprovação da maioria dos parlamentares da Casa.
A iniciativa é uma resposta direta ao tarifaço de 50% imposto pelo governo dos EUA sobre uma série de produtos brasileiros exportados para o país. A medida americana, que entrou em vigor nesta quarta-feira (6), afetará empresas brasileiras que vendem para o mercado norte-americano, exceto no caso de produtos incluídos em uma lista de 694 exceções.
“Belém não pode aceitar de forma alguma que o presidente de outro país interfira em nossa economia. Essa é uma posição em defesa da economia local, da economia brasileira, dos trabalhadores, dos empresários e de todos os que estão sendo prejudicados por essa atitude irresponsável”, afirmou o vereador Alfredo Costa durante a sessão.
A moção é simbólica, mas carrega peso político e diplomático. A expressão “persona non grata” é um termo jurídico do Direito Internacional que significa literalmente “pessoa não bem-vinda” e costuma ser utilizado por Estados para indicar a rejeição formal a diplomatas ou chefes de Estado estrangeiros.
Apesar de Trump não estar no exercício do cargo atualmente, a declaração é vista como uma forma de protesto formal contra políticas adotadas durante sua gestão e que continuam impactando o Brasil, especialmente na área econômica.



