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Cadê os ônibus com ar-condicionado adquiridos pela SETRANSBEL?

A renovação da frota de ônibus de Belém, que incluía a aquisição de 300 veículos equipados com ar-condicionado, internet wi-fi e acessibilidade para pessoas com deficiência, ainda não se concretizou, gerando insatisfação e dúvidas entre os usuários do transporte público da capital paraense. Esses veículos, adquiridos pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Belém (SETRANSBEL) com incentivos fiscais, tinham previsão de começar a circular em março de 2024, mas o prazo foi estendido para agosto, e, até o momento, não há sinais de sua liberação.

A situação ocorre paralelamente a uma polêmica envolvendo a Prefeitura de Belém e o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado (TCM-PA). Recentemente, a conselheira Ann Pontes, indicada pelo governador Helder Barbalho, barrou a circulação de cinco ônibus elétricos adquiridos pela prefeitura, o que gerou polêmica devido à proximidade da conselheira com o governador, que apoia Igor Normando, seu primo, como candidato à prefeitura.

Entretanto, a questão que mais preocupa a população diz respeito aos 300 ônibus da SETRANSBEL, que deveriam ter começado a circular em agosto. O investimento, que atingiu a cifra de R$ 250 milhões, foi viabilizado em parte com a desoneração de impostos, como o ICMS e o IPVA, e contou com o apoio tanto do Governo do Estado quanto da Prefeitura de Belém. A Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) informou que os novos ônibus estavam passando por um processo de regularização e vistoria antes de serem liberados para operar, mas a demora levanta suspeitas sobre possíveis motivações políticas por trás do atraso.

Com uma frota atual de 1.146 veículos, com idade média de 8,36 anos, Belém carece urgentemente de modernização em seu sistema de transporte público. Cerca de 1,5 milhão de pessoas dependem diariamente desses serviços, e a demora na introdução dos novos ônibus compromete a qualidade de vida dos cidadãos, que aguardam por melhorias prometidas, mas ainda não realizadas.

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