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Cachorro de Padre Bruno Sechi fica alguns minutos parado olhando para imagem do religioso no muro de Emaús

Uma cena de rara amizade, confiança e com doses de saudades chamou atenção de voluntários e funcionários do Movimento República de Emaús. A cena envolvia “Dário”, cachorro criado por Padre Bruno Sechi.

Com uma forma de homenagear o religioso e idealizador do projeto no bairro do Benguí, foi feito no muro da instituição um projeto artístico com frases do religioso e a pintura do seu rosto. Antes de morrer por causas naturais no final de maio, Padre Bruno proferiu a frase “jamais nos deixem perder a esperança”, lembrada na homenagem.

“Essa questão de homenagem ao padre Bruno, elas têm surgido, são várias homenagens. Uma delas é a divulgação dos 50 anos de criação do projeto, da própria questão da imagem do padre enquanto fundador da instituição. Um grupo de apoiadores queira homenagear o padre Bruno com uma pintura no muro, na frente, para que as pessoas passassem e sempre lembrassem da figura do fundador do Movimento, da figura importante que é o padre Bruno. São várias homenagens e essa é uma das que a gente se propôs a fazer. Para a gente, esse muro ali na frente também é muito simbólico, porque ali naquela área do Movimento, na entrada, há alguns anos era um grande lixão. As pessoas desrespeitavam, os moradores jogavam lixo, O padre Bruno resolveu fazer uma grande campanha, fez todos aderirmos, as crianças, a comunidade inteira, no sentido de cuidar daquela área como um patrimônio… Aquela área do muro, recebendo as pessoas, quando as pessoas passarem e olharem e se lembrarem sempre da figura dele. A ideia é proporcionar às pessoas uma passagem pelo lugar onde viveu essa figura que vai se eternizar para nós, para a luta por direitos humanos, por dignidade para a criança e para o adolescente. Esse espaço é muito simbólico, muito importante”, explicou a coordenadora executiva do Emaús, Cleice Maciel, emocionada.

“Dário” ao ver o desenho do rosto de padre Bruno finalizado, parou em frente e ficou por vários minutos observando, como se fosse um reencontro simbólico, o cachorro era criado há 5 anos pelo padre.

O que as pessoas acharam interessante no dia foi a figura do cachorro do padre Bruno sentado perto da imagem dele desenhada. O Dário. Eu estava lá na frente e fiz esse registro. Ficou todo mundo muito comovido do cachorro dele sentado ali na frente da arte dos meninos”, destacou.

“É um cachorro que sempre acompanhou o padre Bruno, sempre foi muito mimado por ele. O padre Bruno sempre teve muito carinho por ele e ele andava o tempo todo atrás do padre Bruno no Emaús. O padre Bruno saia, o ‘Darinho’ ia deixar ele lá no portão, correndo. Quando o padre Bruno chegava, ele conhecia pelo barulho do carro, da buzina. Ele sempre andou por toda área do Movimento, mas onde estivesse sempre saia correndo para ir ao encontro do padre Bruno. Eles eram inseparáveis”, lembrou a coordenadora.

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