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Brasileiros são executados em garimpo ilegal na fronteira com a Venezuela

Quatro garimpeiros brasileiros mortos em um garimpo ilegal na sexta-feira, dia 12, forma identificados, na fronteira com Venezuela. Um venezuelano também morreu, segundo a Polícia Civil de Roraima. Os corpos foram retirados do local por um helicóptero ligado ao garimpo e levados para o território brasileiro antes da chegada das autoridades policiais venezuelanas. As informações são da Agência Estado.

Os cadáveres estavam enrolados em lonas e presos em uma rede. Informada sobre os corpos, a polícia da cidade de Iracema providenciou o traslado para o IML de Boa Vista, em carros funerários. Os brasileiros são Francisco Pereira, de 42 anos; Raimundo Charles da Conceição Pereira, de 40; Dilviane Nunes da Silva, de 35; e João Barbosa da Silva, de 57 anos. Raimundo e Francisco eram irmãos e Dilviane seria a cozinheira do garimpo. Também foi identificado entre as vítimas o venezuelano Oswaldo José Figuera Suarez, de 31 anos.

Os cadáveres foram descarregados próximo a uma rodovia vicinal, na vila de Campos Novos, no município Iracema, a cerca de 100 quilômetros da capital, Boa Vista. A Polícia Civil confirmou que o Instituto Médico Legal (IML) fez a perícia e identificou as vítimas na última sexta-feira, 12.

O coordenador de articulação política de um movimento de garimpeiros, Jailson Mesquita, disse ter procurado a Polícia Federal (PF) na manhã de segunda-feira, 8, para relatar o assassinato dos cinco garimpeiros, enquanto dormiam, na madrugada do domingo, 7, em uma região remota de garimpo do Cerro Delgado Chalbaud, na Venezuela, na fronteira com Roraima. Ele disse que havia procurado as autoridades para a remoção dos corpos, mas os próprios garimpeiros se anteciparam e fizeram o traslado de helicóptero.

Conforme a Polícia Civil de Roraima, as causas da chacina serão investigadas pela polícia venezuelana. “A responsabilidade quanto à investigação é da polícia do país vizinho, com a qual haverá colaboração”, disse, em nota. Garimpeiros brasileiros divulgaram em redes sociais que os colegas teriam sido mortos pela Guarda Nacional da Venezuela, o que foi desmentido por outros garimpeiros. A ação criminosa teria como objetivo o roubo das máquinas brasileiras usadas no garimpo.

Fonte: O Liberal

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