Considerada uma das ruas mais sofisticadas de Belém, a Brás de Aguiar, localizada no bairro de Nazaré, enfrenta sérios problemas de saneamento básico. Apesar de abrigar hotéis luxuosos, restaurantes renomados e lojas de grife, a via está marcada por valas de esgoto a céu aberto, um cenário que contrasta com sua imagem de exclusividade e requinte.
O problema, que afeta tanto a população quanto turistas, resulta do despejo irregular de esgoto nas sarjetas pelos próprios estabelecimentos comerciais. A situação gera odores desagradáveis e um desconforto evidente para quem circula pela área, especialmente com a aproximação da COP 30, evento que colocará Belém no centro das atenções internacionais em novembro.
A rua, conhecida por sua arborização e charme, sofre também com a falta de manutenção das calçadas, lixo acumulado e ausência de paisagismo. A última intervenção significativa aconteceu há 15 anos, no governo Duciomar Costa, quando as calçadas foram padronizadas. Desde então, nenhuma obra de requalificação foi realizada.
Mesmo sendo uma área com um dos IPTUs mais altos da cidade, a Brás de Aguiar não recebeu melhorias recentes. No governo Zenaldo Coutinho, jardineiras que compunham o paisagismo foram removidas para facilitar o trânsito.
Belém, que tem menos de 15% da população atendida por coleta e tratamento de esgoto, enfrenta desafios no setor de saneamento básico. A ausência de infraestrutura afeta tanto áreas periféricas quanto bairros nobres, comprometendo a imagem da cidade e expondo moradores e visitantes a condições insalubres.
Até o momento, nem a prefeitura de Belém, nem o governo do Pará, nem a Cosanpa se manifestaram sobre os problemas na Brás de Aguiar.
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