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Brás de Aguiar, a “Oscar Freire” de Belém, sofre com esgoto a céu aberto e abandono

Rua nobre do bairro de Nazaré enfrenta problemas de saneamento e infraestrutura a menos de um ano da COP 30.

Considerada uma das ruas mais sofisticadas de Belém, a Brás de Aguiar, localizada no bairro de Nazaré, enfrenta sérios problemas de saneamento básico. Apesar de abrigar hotéis luxuosos, restaurantes renomados e lojas de grife, a via está marcada por valas de esgoto a céu aberto, um cenário que contrasta com sua imagem de exclusividade e requinte.

Valas de esgoto a céu aberto e calçadas quebradas na Brás de Aguiar. Foto: Reprodução

O problema, que afeta tanto a população quanto turistas, resulta do despejo irregular de esgoto nas sarjetas pelos próprios estabelecimentos comerciais. A situação gera odores desagradáveis e um desconforto evidente para quem circula pela área, especialmente com a aproximação da COP 30, evento que colocará Belém no centro das atenções internacionais em novembro.

Despejo irregular de esgoto. Foto: Reprodução

A rua, conhecida por sua arborização e charme, sofre também com a falta de manutenção das calçadas, lixo acumulado e ausência de paisagismo. A última intervenção significativa aconteceu há 15 anos, no governo Duciomar Costa, quando as calçadas foram padronizadas. Desde então, nenhuma obra de requalificação foi realizada.

Calçadas quebradas. Foto: Reprodução

Mesmo sendo uma área com um dos IPTUs mais altos da cidade, a Brás de Aguiar não recebeu melhorias recentes. No governo Zenaldo Coutinho, jardineiras que compunham o paisagismo foram removidas para facilitar o trânsito.

Jardineiras foram retiradas. Foto: Reprodução

Belém, que tem menos de 15% da população atendida por coleta e tratamento de esgoto, enfrenta desafios no setor de saneamento básico. A ausência de infraestrutura afeta tanto áreas periféricas quanto bairros nobres, comprometendo a imagem da cidade e expondo moradores e visitantes a condições insalubres.

Vala de esgoto a céu aberto na área mais nobre de Belém. Foto: Reprodução

Até o momento, nem a prefeitura de Belém, nem o governo do Pará, nem a Cosanpa se manifestaram sobre os problemas na Brás de Aguiar.

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