Nesta terça-feira, 30, o presidente Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL) em cerimônia para convidados em Brasília. A expectativa da cúpula do PL é de crescimento significativo da legenda que pode chegar ao final do ano com 70 deputados federais filiados, número que o tornaria o maior partido na Câmara. A bancada atual da legenda conta com 43 parlamentares.
Com abertura da próxima janela partidária, ali por março, estima-se que até 30 novos parlamentares ingressem no partido quando for oficializado o União Brasil, fusão do DEM com PSL, partido que abriga boa parte dos bolsonaristas.
Apesar da expectativa em torno da filiação do presidente ao PL, no Pará, no entanto, não deverá contar com apoio do partido. A sigla é controlada com “mão de ferro” pela família Vale, que apoia o governador Helder Barbalho. O deputado federal Cristiano Vale não deixa claro se o PL dará palanque ao ex-presidente Lula no estado, mas tudo indica que não. O partido deve ficar neutro na disputa presidencial.
No Pará o partido continuará a apoio o governo Helder Barbalho (MDB), adversário das pretensões de Bolsonaro reocupar a presidência em 2022. O candidato Helder no estado ainda está por definir entre o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e João Dória (PSDB).
Cristiano Vale, deputado federal pelo PL do Pará, se equilibra entre a cruz e a espada, mas não deve dar palanque para Bolsonaro na campanha do ano que vem.
A ala Lulista
O núcleo duro do PL é repleto de apoiadores e simpatizantes de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente da República e provável principal adversário de Bolsonaro na eleição do ano que vem. Por mais que Valdemar Costa Neto desfaça as alianças regionais, não será tarefa fácil “despetizar” a sigla como deseja o atual presidente da República.



