BNDES oferece R$ 450 mi do Fundo Amazônia para o MST e Movimentos Sociais
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a abertura de um novo edital para o reflorestamento da Amazônia, marcando o início do “Arco do Reflorestamento”. O programa, considerado um “anúncio histórico” pelo presidente do banco, Aloizio Mercadante, destina inicialmente R$ 450 milhões do Fundo Amazônia e R$ 550 milhões do Fundo do Clima, com juros de 1% ao ano.
Os recursos provenientes do Fundo Amazônia não exigem reembolso, e prefeituras, associações de agricultura familiar e movimentos sociais são elegíveis para participar, conforme explicou o presidente do BNDES. Mercadante destacou que os recursos não reembolsáveis serão direcionados para movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), assentamentos, povos indígenas, quilombolas e comunidades ribeirinhas. O financiamento abrange atividades como a criação de viveiros de mudas e o plantio de culturas nativas e produtivas, como açaí, cacau, castanha do Brasil, cupuaçu, entre outras.
“O custo total do programa é de R$ 51 bilhões. Estamos longe disso, estamos começando com uma oferta concreta e não retórica: R$ 450 milhões não reembolsáveis e R$ 550 milhões do fundo clima, com juros de 1% ao ano, para as empresas também entrarem nesse processo de restauração da floresta nativa e da floresta produtiva”, ressaltou Mercadante.
O programa, idealizado pela diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, tem como meta restaurar 6 milhões de hectares, considerando que áreas protegidas podem ser regeneradas em até 4 anos. A conservação da Amazônia é apontada como uma medida “rápida e barata” para combater a crise climática.