Belém é o principal centro de gestão pública da Amazônia, segundo o estudo Redes e Fluxos do Território: Gestão do Território, divulgado pelo IBGE. A capital paraense ocupa uma posição de destaque no cenário nacional, superando outras cidades do Norte e consolidando-se como referência na administração pública regional.
O levantamento analisou a hierarquia das cidades brasileiras na gestão de instituições federais e estaduais. Brasília lidera como o principal polo administrativo do país, seguida por Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. Belém aparece no terceiro nível de centralidade, ao lado de capitais como Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Salvador, reforçando sua influência na organização territorial da Amazônia.
Enquanto isso, Manaus, frequentemente apontada como rival de Belém em termos de influência regional, não alcançou o mesmo nível de reconhecimento na hierarquia da gestão pública. A presença de instituições como Receita Federal, INSS e Justiça Federal reforça a importância administrativa da capital paraense, que, em muitos casos, exerce papel de comando sobre toda a região Norte.

Papel estratégico na gestão do território
Além de se destacar como centro de gestão pública, Belém também figura entre as cidades mais relevantes no comando e controle do território nacional. Isso se deve à presença simultânea de instituições públicas descentralizadas e unidades locais de grandes empresas. No Norte, a capital paraense se sobressai nesse aspecto, enquanto outras cidades da região ficam em níveis inferiores de hierarquia.
A pesquisa do IBGE confirma que a estrutura administrativa do país ainda se concentra nas regiões Sul e Sudeste, mas Belém rompe essa lógica ao assumir protagonismo na Amazônia. O estudo também destaca que, devido à configuração histórica e populacional, muitas redes de gestão são diretamente subordinadas a Brasília – mas, no caso da Receita Federal, Belém é responsável pela administração de toda a região Norte.

Com a realização da COP em novembro, a capital paraense ganha ainda mais visibilidade como centro estratégico da Amazônia, reforçando seu papel como referência em governança regional e destacando-se frente a outras cidades do Norte na articulação de políticas públicas e ambientais.



