A cidade de Belém vive o reflexo de políticas equivocadas para o transporte coletivo urbano. Não é à toa que a cidade sofre problemas graves como agravamento da segregação socioespacial, a rotina de grandes congestionamentos, a deterioração da qualidade de vida da população que reside nas periferias, entre outros motivos.
Apesar de ter 76 km de orla seguindo do Rio Guamá até o bairro Baía do Sol, no Distrito de Mosqueiro, Belém não usa o transporte fluvial para mobilidade entre os seus bairros. Isso porque há pouco interesse do poder público em promover a circulação de pessoas pelos rios que circundam a cidade, embora isso seja sempre tocado em época eleitoral.
Diante dessa possibilidade, representantes da empresa Tapajós Expresso, Xavier Viana e Wladimir Viana, foram até a Companhia de Portos e Hidrovias do Pará para apresentar um projeto de uma estação hidroviária que poderia ser instalada à margem da Praça do Pescador, em frente ao Mercado do Ver-o-Peso, em Belém.
Segundo o projeto, a estação hidroviária teria 500 metros quadrados, estruturada com poltronas, guichê de bilhete de passagens, banheiros, lanchonetes, bebedouros, televisão, salas para escritórios dos Órgãos de fiscalização, dentre outros.
O projeto seria instalado pela empresa, em ônus para Estado e Prefeitura, a exemplo dos equipamentos em Barcarena e Santarém. A ideia é facilitar a integração fluvial entre Belém e os distritos de Icoaraci e Mosqueiro, além do município de Barcarena.
O presidente da CPH, Abraão Benassuly, ressaltou que é do interesse do Estado potencializar o transporte hidroviário na região, e que por isso, poderia intermediar as condicionantes para que o projeto possa ser aprovado junto à Prefeitura de Belém, por meio da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e Coordenadoria Municipal de Turismo (BelemTur).
