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Belém já chegou ao pico do contágio de covid-19, diz ex-secretário executivo do Ministério da Saúde

Belém é uma das capitais que já chegaram ao pico da pandemia do novo coronavírus. Esta é a declaração do médico João Gabbardo dos Reis, chefe de combate à covid-19 em São Paulo e ex-secretário executivo do Ministério da Saúde (MS), na gestão de Luis Henrique Mandetta. Segundo ele, o pico da curva de contágio já foi alcançado nos grandes centros, e por isso faz sentido repensar as políticas de isolamento para esses lugares.

O crescimento no número de casos ocorre por um aumento na evolução da doença no interior dos Estados. Segundo Gabbardo, nos locais onde a pandemia iniciou há mais tempos, como Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, São Paulo, a curva já está em velocidade reduzida, em declive. Durante algum tempo será visto um aumento na curva do país, mas isso não necessariamente significa aumento ou piora na epidemia onde aconteceu de forma mais intensa.

Como cada região possui suas particularidades, o médico defende a regionalização de cada Estado para a tomada de decisões no afrouxamento das medidas de isolamento.

“Temos vários cenários, e precisam ser tratados de forma distinta. É difícil estabelecer regras para a população do Brasil inteiro. Por isso, é possível que haja tratamento. Não chamaria de flexibilização, mas de avaliação de cenários epidemiológicos distintos”, explicou.

Segundo Gabbardo, São Paulo tem avaliado a possibilidade de liberar atividades, mas deixou claro que não se trata de um afrouxamento geral, como é visto em Belém.

“Em alguns locais, pode haver redução do isolamento e os indicadores apontarem para crescimento da epidemia ou redução da capacidade de leitos, e isso vai apertar as orientações de isolamento. Por isso que não chamo de flexibilização, chamo de plano. Não tenho dúvidas que temos que ser flexíveis em alguns locais e em outros, não. Quando iniciamos o isolamento, a orientação era ganhar tempo para que o sistema de saúde pudesse se fortalecer. Isso era necessário”, afirmou, lembrando a análise feita na situação ao redor do mundo.

Casos

Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), divulgado nesta sexta-feira, 5, no Pará, são 50.960 pacientes infectados e 3.583 mortes. Destes, 13.553 casos confirmados e 1.555 óbitos são em Belém.

Fonte UOL e Roma News

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