Belém ganha em proteção social de Manaus, mas perde em educação e saúda e ambas estão abaixo da média nacional em todos os quesito
A “Pesquisa Condições de Vida nas Metrópoles da Amazônia” apresenta um cenário complexo para Belém e Manaus, as duas maiores cidades da região, ao revelar grandes desafios em setores cruciais como educação, saúde e proteção social. Embora Belém lidere em proteção social, Manaus supera na avaliação de serviços de saúde e educação. Ambas as cidades, no entanto, ficam abaixo da média nacional em todos os quesitos, indicando a urgência de melhorias nos serviços públicos.
Sergio Andrade, cientista político e diretor executivo da Agenda Pública, destaca a importância do bem-estar das pessoas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. A pesquisa, parte da “Pesquisa Nacional Qualidade dos Serviços Públicos nas Capitais Brasileiras”, destaca mais de 35 indicadores comparativos e percepções dos cidadãos, oferecendo uma visão abrangente dos serviços públicos nessas cidades.
A pesquisa aponta que Manaus lidera em educação e saúde, mas fica atrás de Belém na proteção social. Ambas as capitais estão abaixo da média nacional em todos os quesitos. Os moradores urbanos enfrentam desafios ligados à qualidade de vida e planejamento urbano. A pesquisa destaca a necessidade de uma abordagem integrada para o desenvolvimento sustentável, considerando economia, sociedade e meio ambiente.
Os índices de desenvolvimento econômico revelam notas baixas para ambas as cidades, com a média manauara para serviços públicos ligados ao desenvolvimento econômico sendo 2,83, enquanto em Belém é 1,83. A média nacional é de 4,21. As avaliações positivas para políticas de geração de renda são baixas, evidenciando a necessidade de melhorias.
Principais Resultados da Pesquisa:
Educação:
- Manaus: 4,43
- Belém: 1,86
- Média do Norte: 4,37
- Média do Brasil: 5,01
Saúde Pública:
- Manaus: 4,75
- Belém: 2,75
- Média do Norte: 4,68
- Média do Brasil: 5,14
Proteção Social:
- Manaus: 2,2
- Belém: 3,4
- Média do Norte: 4,63
- Média do Brasil: 4,95
As notas refletem desafios persistentes em áreas críticas como mortalidade infantil, acesso à educação e proteção social. A pesquisa destaca a necessidade de uma força-tarefa para melhorar os serviços públicos, incluindo investimentos em formação, saúde, infraestrutura urbana e gestão eficiente.
A Agenda Pública reforça a importância de medidas práticas para promover o desenvolvimento sustentável, equacionando assimetrias no acesso ao bem-estar e fortalecendo os pilares econômicos, sociais e ambientais. O código do usuário do serviço público é citado como uma referência para planejamento e melhoria contínua.
A análise completa da pesquisa está disponível aqui. A Agenda Pública, com mais de 10 anos de atuação, destaca seu compromisso em apoiar governos e organizações para dinamizar a economia, fortalecer a resiliência econômica dos territórios e promover condições dignas e sustentáveis de trabalho. A organização também desenvolveu a Tese de Desenvolvimento Territorial para a Amazônia, visando um futuro mais equitativo e próspero.