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Barbalho é acusado de abuso de poder político durante entrega de cestas básicas no Pará

Governador aproveita ações emergenciais de distribuição de alimentos para aparecer em eventos com aliados políticos, diz oposição

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), enfrenta acusações de abuso de poder político por parte da oposição, após realizar a distribuição de cestas básicas e água potável a comunidades afetadas pela estiagem no estado. As críticas se intensificaram em Santarém, cidade fortemente impactada pela seca, onde a oposição alega que o governador estaria usando a máquina pública para promover o candidato do MDB à prefeitura, Zé Maria Tapajós. As informações são de VEJA.

O candidato do PL, JK do Povão, entrou com uma ação na Justiça Eleitoral nesta sexta-feira (18), acusando Barbalho de utilizar ações emergenciais para obter ganhos políticos. A ação cita a visita do governador ao quilombo Arapemã, nas imediações de Santarém, onde ele entregou cestas básicas e água a 98 famílias, acompanhado de autoridades locais. Vestindo uma camisa azul, cor associada ao partido, Barbalho discursou e anunciou a distribuição de 5.500 kits de assistência a comunidades vulneráveis.

A oposição acusa o governador de transformar um ato humanitário em campanha disfarçada para Zé Maria Tapajós, embora o candidato não estivesse presente no evento. Deputados estaduais e vereadores de Santarém, aliados de Barbalho, publicaram vídeos e fotos da ação nas redes sociais, mostrando apoio ao candidato do MDB.

JK do Povão critica a frequência das visitas de Barbalho a Santarém e afirma que o uso de recursos públicos para esses eventos configura uma tentativa de influenciar o eleitorado.

Denúncias e ações judiciais

A legislação eleitoral proíbe a distribuição de cestas básicas durante períodos eleitorais, para evitar que tais atos sejam utilizados como compra de votos. O caso em Santarém pode resultar na abertura de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), de acordo com especialistas. Situações semelhantes ocorreram em outros estados, como no Amazonas, onde o Ministério Público Eleitoral interveio para desvincular a distribuição de cestas básicas de campanhas eleitorais.

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Resposta do governo

Em nota, o governo do Pará negou qualquer vínculo entre as ações humanitárias e campanhas eleitorais, destacando o caráter emergencial da distribuição de alimentos e água em função da estiagem. O governo afirmou que a visita ao quilombo Arapemã foi inédita, sendo a primeira vez que um governador visitou a comunidade, o que gerou celebração entre os moradores.

“A operação visa garantir que a assistência chegue rapidamente às áreas mais impactadas pela seca, com o apoio da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros”, afirmou o governo, ressaltando que a ação foi pautada pelo interesse público e pela necessidade de oferecer suporte às famílias vulneráveis.

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