O Pará registrou uma queda de 13,7% nos assassinatos em 2023, segundo o Monitor da Violência, um levantamento realizado pelo g1 com base nos dados das secretarias de segurança pública dos estados brasileiros e do Distrito Federal. Apesar da redução, o estado continua apresentando um índice de mortes violentas acima da média nacional.
Com aproximadamente seis vítimas de assassinato por dia, totalizando 2.068 mortes no ano, o Pará foi responsável por uma parcelada diminuição do número total de homicídios no país em 2023. No entanto, seu índice de 25,5 vítimas a cada 100 mil habitantes permanece acima dos 19,4 do país, classificando-o como o 13º pior índice no Brasil e o 5º pior na região Norte.
Apesar das reduções em cidades como Belém, Marabá, Castanhal, Ananindeua e Parauapebas, o aumento dos homicídios em Barcarena destaca os desafios persistentes de segurança no estado. A disputa por territórios no contexto do tráfico internacional de drogas tem contribuído para a violência na região, como observa o secretário de Segurança Pública do Pará, Ualame Machado.
A necessidade de monitoramento contínuo das mudanças e comportamentos dos grupos criminosos é enfatizada pelo pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV/USP), Bruno Paes. Estratégias eficazes para reduzir a criminalidade devem ser desenvolvidas com base nesse acompanhamento, visando diminuir os confrontos e a letalidade das disputas criminais.
Embora o Pará tenha implementado medidas para reforçar a segurança, como a inauguração de uma nova delegacia em Barcarena e a previsão de uma base fluvial, os desafios persistem. O estado busca atingir a meta de 16 mortes por 100 mil habitantes até 2030, conforme plano estadual de segurança pública aprovado pelo Ministério da Justiça.
