O Norte é invisível. O que acontece aqui não gera comoção e muito menos espaço na mídia nacional. As vozes que conseguiram romper esse isolamento geográfico e cultural também contribuem para isso já que nenhum deles fez questão de colocar em debate tudo o que está acontecendo agora na região amazônica.
Se há questão política ou um olhar mercadológico e capitalista para suas imagens, não podemos afirmar. O certo é que nomes como Fafá de Belém, Dira Paes, Gaby Amarantos e Joelma, só para citar alguns nomes proeminentes no cenário nacional, não soltaram um “piu” sobre as queimadas que acometem o Amazonas e sufoca Manaus e nem sobre a seca que isola cidades e mata botos nos rios da região.
O contraditório é que falar em Amazônia está na moda, todo mudo se aproveita da visibilidade da região para ganhar engajamento. O orgulho “amazônia” foi reafirmado desde 2019, mas isso parece estar muito mais sintonizado em angariar frutos publicitários e, por consequência dinheiro.
Por fim, o povo amazônida neste momento está só, sem comoção nacional, sem ajuda de quem poderia ajudar.