A disseminação da mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae, Drew & Hancock), conhecida como ‘mosca maldita’, levou à imposição de quarentena em pelo menos 26 municípios no estado do Pará. Com novos casos registrados na última semana, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) está orientando os auditores fiscais federais agropecuários a intensificarem a vigilância e o controle do comércio e transporte de frutas na região.
Os municípios afetados pela quarentena, devido à presença dessa praga, incluem Afuá, Almeirim, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Faro, Gurupá, Juruti, Melgaço, Muaná, Óbidos, Oeiras do Pará, Oriximiná, Ponta de Pedras, Portel, Porto de Moz, Prainha, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista, Soure e Terra Santa.
A medida, que tem validade de um ano, visa controlar o risco de propagação da espécie para outros estados. Originária da Ásia, a mosca-da-carambola foi identificada no Brasil, especificamente no Oiapoque (AP), em 1996. Desde então, o governo implementou o Subprograma Bactrocera carambola para tentar erradicar a espécie ou evitar sua expansão para outros estados. Até o momento, os focos da mosca-da-carambola permanecem restritos aos estados do Pará, Roraima e Amapá, sendo que o Amazonas foi incluído na última emergência fitossanitária.
No Acre, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal está conduzindo a Caravana de Prevenção da Mosca da Carambola, que inclui atividades como reuniões técnicas, palestras em escolas de ensino fundamental e médio, distribuição de materiais educativos em feiras municipais e entrevistas em rádios e TVs, visando a conscientização e prevenção da propagação dessa praga.
